Coisas mal explicadas

Carlos de Sousa e Aranha Figueiredo apresentaram hoje o seu pedido de renúncia aos respectivos mandatos na autarquia de Setúbal, uma decisão que o PCP/Setúbal justificou com a necessidade de renovação e rejuvenescimento da equipa. (in TSF, 23/8/20006)

Há coisas que não se compreendem. Das duas uma:
1. Ou o pedido de renúncia, após solicitação do PCP, teve alguma coisa que ver com a investigação do IGAT às alegadas ilegalidades nos processos de aposentação compulsiva,
2. Ou não tem nada a ver uma coisa com a outra.

Se teve (embora seja ainda muito cedo para concluirmos isso), terá que haver eleições antecipadas, pois estamos perante um caso em que não deveria ser só o Presidente de Câmara e aquele Vereador os conhecedores do processo. As renúncias deveriam ser totais.

Se não teve e se o PCP acha mesmo que se trata de uma necessidade de renovação (como afirma), ainda mais razões existem para a realização de eleições. O povo não escolheu a nº 2 da lista para presidir à Câmara. Escolheu-a, precisamente, para nº 2.

Mas o tempo é que se encarregará de mostrar o que, efectivamente, está em causa.