Quem não sabe é como quem não vê!
A publicação de rankings e relatórios da responsabilidade de organizações internacionais independentes constitui sempre uma oportunidade para compararmos os desempenhos de Portugal com os de vários outros países da cena internacional. Contudo, a credibilidade de tais organizações, a metodologia utilizada para levar por diante as medições necessárias à listagem dos países numa determinada ordem, a actualidade e o tipo de dados que são utilizados, bem como o rigor que é imprimido nas próprias análises qualitativas, obrigam-nos a ter cautelas na interpretação dos resultados que, apesar de tudo, nos dão também importantes sinais de quais os impactos que estão a ter no país determinadas opções políticas.
A este propósito, foram recentemente publicados dois importantes rankings que apontam para a existência no nosso país de um ambiente mais propício ao desenvolvimento de negócios e ao aumento da competitividade das empresas que operam ou querem operar no nosso país. Refiro-me concretamente ao Doing Business do Banco Mundial e ao Global Competitiveness Index da responsabilidade do World Economic Forum.
O primeiro, publicado no final de Setembro, combina indicadores relevantes no âmbito da criação de bom ambiente para os negócios em 178 economias mundiais, designadamente o custo e número de procedimentos para abertura e encerramento de empresas, licenciamento, contratações e despedimentos, registo de propriedade, obtenção de crédito, protecção de investidores, fiscalidade, comércio internacional ou cumprimento de contratos. Nesta edição, Portugal ocupa a 37ª posição no ranking global, o que corresponde a uma subida de 5 posições em relação à edição anterior (considerando os mesmos países analisados) e de 8 posições em relação a 2005. Dois dos indicadores considerados no estudo sofreram subidas surpreendentes: no processo de Criação de Empresas, Portugal subiu 75 posições no ranking global e no Registo de Propriedade a subida foi de 30 posições. Isto em apenas dois anos!
Já o segundo, que tenta medir o nível de competitividade em 131 países mundiais, utiliza mais de uma centena de variáveis desde aquelas mais ligadas à área económica, até às relacionadas com o sistema educativo, passando por matérias ligadas à inovação. Neste índice, publicado no final do mês de Outubro, em relação à edição anterior (considerando os mesmos países analisados e a alteração da metodologia), Portugal subiu também 5 posições, ocupando agora a 40ª posição mundial.
Pode olhar-se para a actividade deste Governo dos mais variados prismas, de acordo com as mais diversas tendências, com mais ou menos dose de demagogia. No entanto, é indiscutível o facto de termos um país mais competitivo do que há dois anos atrás, um ambiente muito mais favorável aos negócios, mais virado para o conhecimento, inovação e tecnologia, focado no que realmente interessa. Em dois anos o cenário melhorou e essas melhorias são visíveis aos olhos de organizações independentes. E tudo isto acontece num contexto de forte competitividade global, em que todos os países desejam ser mais competitivos que os demais, tomando, portanto, medidas nesse sentido. Uns conseguem, outros não!
Em Portugal, é certo, tais tendências positivas nem sempre são perceptíveis aos olhos da oposição. No entanto, costumamos dizer que “quem não sabe é como quem não vê”. Ora, pelo menos aquela oposição que teve responsabilidades recentes na governação do país, na verdade, quando esteve no poder não soube mudar as coisas. Por isso, é perfeitamente natural que, agora, não consiga ver os progressos que, de facto, estão à vista de todos.
Publicado no Jornal Labor e Acção Socialista.
A este propósito, foram recentemente publicados dois importantes rankings que apontam para a existência no nosso país de um ambiente mais propício ao desenvolvimento de negócios e ao aumento da competitividade das empresas que operam ou querem operar no nosso país. Refiro-me concretamente ao Doing Business do Banco Mundial e ao Global Competitiveness Index da responsabilidade do World Economic Forum.
O primeiro, publicado no final de Setembro, combina indicadores relevantes no âmbito da criação de bom ambiente para os negócios em 178 economias mundiais, designadamente o custo e número de procedimentos para abertura e encerramento de empresas, licenciamento, contratações e despedimentos, registo de propriedade, obtenção de crédito, protecção de investidores, fiscalidade, comércio internacional ou cumprimento de contratos. Nesta edição, Portugal ocupa a 37ª posição no ranking global, o que corresponde a uma subida de 5 posições em relação à edição anterior (considerando os mesmos países analisados) e de 8 posições em relação a 2005. Dois dos indicadores considerados no estudo sofreram subidas surpreendentes: no processo de Criação de Empresas, Portugal subiu 75 posições no ranking global e no Registo de Propriedade a subida foi de 30 posições. Isto em apenas dois anos!
Já o segundo, que tenta medir o nível de competitividade em 131 países mundiais, utiliza mais de uma centena de variáveis desde aquelas mais ligadas à área económica, até às relacionadas com o sistema educativo, passando por matérias ligadas à inovação. Neste índice, publicado no final do mês de Outubro, em relação à edição anterior (considerando os mesmos países analisados e a alteração da metodologia), Portugal subiu também 5 posições, ocupando agora a 40ª posição mundial.
Pode olhar-se para a actividade deste Governo dos mais variados prismas, de acordo com as mais diversas tendências, com mais ou menos dose de demagogia. No entanto, é indiscutível o facto de termos um país mais competitivo do que há dois anos atrás, um ambiente muito mais favorável aos negócios, mais virado para o conhecimento, inovação e tecnologia, focado no que realmente interessa. Em dois anos o cenário melhorou e essas melhorias são visíveis aos olhos de organizações independentes. E tudo isto acontece num contexto de forte competitividade global, em que todos os países desejam ser mais competitivos que os demais, tomando, portanto, medidas nesse sentido. Uns conseguem, outros não!
Em Portugal, é certo, tais tendências positivas nem sempre são perceptíveis aos olhos da oposição. No entanto, costumamos dizer que “quem não sabe é como quem não vê”. Ora, pelo menos aquela oposição que teve responsabilidades recentes na governação do país, na verdade, quando esteve no poder não soube mudar as coisas. Por isso, é perfeitamente natural que, agora, não consiga ver os progressos que, de facto, estão à vista de todos.
Publicado no Jornal Labor e Acção Socialista.
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