O que é um "professor"?
O nº de professores que não conseguem colocação em cada ano lectivo está, há muito, completamente deturpado. Este ano os sindicatos apontam 60.000 docentes o que, manifestamente, não pode ser.
Para chegarmos a um nº credível, teremos que, primeiro, definir "professor". Vejamos alguns exemplos.
Bem, será que um licenciado em farmácia, que concorre para leccionar, p.e. biologia, pode ser considerado professor? E um engenheiro civil que concorre para leccionar Matemática, pode também ser considerado professor? E mesmo um licenciado em Matemática Pura que concorre para leccionar Matemática, poderá ser considerado professor para efeitos estatísticos? O problema dos nºs é que os sindicatos consideram "professor" toda a gente que concorre para um lugar numa escola o que, no meu entender, não é correcto nem conveniente.
Outra coisa bem diferente é o problema dos licenciados em "Ensino" ou "Ramos Educacionais" que, terminadas as licenciaturas, não obtêm colocação. Isto porque ao longo de muitos anos se preencheram os quadros das nossas escolas com muitas pessoas cuja vocação não era (nem nunca será) a docência. É esse o cerne da questão. Temos todos que ser sérios na análise deste problema. Inclusivamente aqueles que, à partida, deveriam defender os interesses e direitos dos verdadeiros "professores": os sindicatos.
Para chegarmos a um nº credível, teremos que, primeiro, definir "professor". Vejamos alguns exemplos.
Bem, será que um licenciado em farmácia, que concorre para leccionar, p.e. biologia, pode ser considerado professor? E um engenheiro civil que concorre para leccionar Matemática, pode também ser considerado professor? E mesmo um licenciado em Matemática Pura que concorre para leccionar Matemática, poderá ser considerado professor para efeitos estatísticos? O problema dos nºs é que os sindicatos consideram "professor" toda a gente que concorre para um lugar numa escola o que, no meu entender, não é correcto nem conveniente.
Outra coisa bem diferente é o problema dos licenciados em "Ensino" ou "Ramos Educacionais" que, terminadas as licenciaturas, não obtêm colocação. Isto porque ao longo de muitos anos se preencheram os quadros das nossas escolas com muitas pessoas cuja vocação não era (nem nunca será) a docência. É esse o cerne da questão. Temos todos que ser sérios na análise deste problema. Inclusivamente aqueles que, à partida, deveriam defender os interesses e direitos dos verdadeiros "professores": os sindicatos.
posted by LMF at 13:17
2 Comments:
Já dei aulas durante sete anos. Sou arquitecta de formação. Durante esses anos servi como professora mas agora não sirvo. Faço parte dos 60 mil.
Pois...isto é mto relativo!Mas os sindicatos contam esta gente toda e depois vêm pá comunicação social dizer que há tantos professores desempregados e é quem mais se assusta!
Na minha opinião, um verdadeiro professor é aquele que, durante o seu curso, foi qualificado para o ensino mesmo e isto requer cadeiras com uma vertente pedagógica, como foi o caso do meu curso (que é um dos tais Ramos Educacionais)...axo que estas cadeiras me ensinaram mais do que as outras todas juntas pois fornecem-nos situações de sala de aula e casos reais (nada como o estágio, claro!) e esclarecem-nos acerca da melhor forma de ensinar!Claro que a prática nos traz mto mais experiência...ai é que nos tornamos verdadeiros professores...
Quanto à situação dos profs em Port, nao comento...é revoltante!!
Enviar um comentário
<< Home