EIS, uma boa notícia!
Bruxelas publicou no passado dia 22 de Janeiro a edição 2008 do European Innovation Scoreboard (EIS). Trata-se do principal instrumento de monitorização do progresso dos países da União Europeia em matérias de inovação, um domínio chave para a competitividade e desenvolvimento económico e social dos Estados-Membros.
A edição agora publicada revestia-se de carácter especial, uma vez que os dados nela contidos reportavam-se, na sua maioria, ao período 2006-2007 já influenciado pela execução do Plano Tecnológico (PT), uma das principais bandeiras do actual Governo. Aliás, os próprios indicadores do PT foram inicialmente definidos tendo por base os indicadores deste Ranking Europeu da Inovação. Ora, os resultados não podiam ter sido mais claros sobre aqueles que começam a ser os impactos reais do Plano Tecnológico na base competitiva do nosso País.
Em primeiro lugar, Portugal subiu de 22º lugar para 17º, passando a integrar o grupo dos países considerados “moderadamente inovadores”. Nas edições anteriores, Portugal nunca conseguiu sair do patamar abaixo, ou seja do grupo dos países em “catching-up”.
Em segundo lugar, Portugal foi o 5º país da UE27 que apresentou o maior progresso relativo, revelando-se mesmo “líder de crescimento” no seu grupo. O nosso país cresceu, aliás, a uma taxa superior ao dobro da média da UE27.
Em terceiro lugar, o país que mais progrediu na qualificação dos seus recursos humanos foi, precisamente, Portugal. Já nos efeitos económicos da inovação, Portugal apresentou o 5º maior crescimento da UE27. A 4ª melhor performance da UE em matérias de inovação por parte das empresas foi alcançada também por Portugal.
Em quarto lugar, Portugal apresenta, em vários indicadores medidos isoladamente, um crescimento muito acima do registado pelos seus parceiros europeus: é o 1º no crescimento das despesas em I&D por parte das empresas e no crescimento do nº de co-publicações científicas (público-privadas) por milhão de habitantes; é o 2º na taxa de crescimento da população que completou no mínimo a educação secundária; é o 3º no crescimento da educação superior na população entre 25 e 64 anos; é o 4º no crescimento do nº de patentes por milhão de habitantes e também 4º no crescimento do emprego nos serviços de conhecimento intensivo.
Esta dinâmica de crescimento e de convergência com os padrões europeus mais avançados reflecte, por isso, mudanças estruturais importantes para as quais, há que reconhecer, não contribuíram apenas políticas públicas. A sociedade portuguesa, as empresas portuguesas e os portugueses em geral, mobilizados pela agenda do Plano Tecnológico, estão a dar todos os dias exemplos claros de que há hoje, em Portugal, mais inovação, mais tecnologia e mais conhecimento do que havia em 2005. E isto é que é verdadeiramente estrutural!
Portugal, como todos os países do mundo, não vive tempos fáceis. No entanto, estas novas características que se vão consolidando nos nossos alicerces mais profundos dão-nos esperança e confiança em relação ao futuro. É por isso que este EIS é uma boa notícia!
Artigo Publicado no Jornal de Notícias de 6 de Fevereiro de 2009.
A edição agora publicada revestia-se de carácter especial, uma vez que os dados nela contidos reportavam-se, na sua maioria, ao período 2006-2007 já influenciado pela execução do Plano Tecnológico (PT), uma das principais bandeiras do actual Governo. Aliás, os próprios indicadores do PT foram inicialmente definidos tendo por base os indicadores deste Ranking Europeu da Inovação. Ora, os resultados não podiam ter sido mais claros sobre aqueles que começam a ser os impactos reais do Plano Tecnológico na base competitiva do nosso País.
Em primeiro lugar, Portugal subiu de 22º lugar para 17º, passando a integrar o grupo dos países considerados “moderadamente inovadores”. Nas edições anteriores, Portugal nunca conseguiu sair do patamar abaixo, ou seja do grupo dos países em “catching-up”.
Em segundo lugar, Portugal foi o 5º país da UE27 que apresentou o maior progresso relativo, revelando-se mesmo “líder de crescimento” no seu grupo. O nosso país cresceu, aliás, a uma taxa superior ao dobro da média da UE27.
Em terceiro lugar, o país que mais progrediu na qualificação dos seus recursos humanos foi, precisamente, Portugal. Já nos efeitos económicos da inovação, Portugal apresentou o 5º maior crescimento da UE27. A 4ª melhor performance da UE em matérias de inovação por parte das empresas foi alcançada também por Portugal.
Em quarto lugar, Portugal apresenta, em vários indicadores medidos isoladamente, um crescimento muito acima do registado pelos seus parceiros europeus: é o 1º no crescimento das despesas em I&D por parte das empresas e no crescimento do nº de co-publicações científicas (público-privadas) por milhão de habitantes; é o 2º na taxa de crescimento da população que completou no mínimo a educação secundária; é o 3º no crescimento da educação superior na população entre 25 e 64 anos; é o 4º no crescimento do nº de patentes por milhão de habitantes e também 4º no crescimento do emprego nos serviços de conhecimento intensivo.
Esta dinâmica de crescimento e de convergência com os padrões europeus mais avançados reflecte, por isso, mudanças estruturais importantes para as quais, há que reconhecer, não contribuíram apenas políticas públicas. A sociedade portuguesa, as empresas portuguesas e os portugueses em geral, mobilizados pela agenda do Plano Tecnológico, estão a dar todos os dias exemplos claros de que há hoje, em Portugal, mais inovação, mais tecnologia e mais conhecimento do que havia em 2005. E isto é que é verdadeiramente estrutural!
Portugal, como todos os países do mundo, não vive tempos fáceis. No entanto, estas novas características que se vão consolidando nos nossos alicerces mais profundos dão-nos esperança e confiança em relação ao futuro. É por isso que este EIS é uma boa notícia!
Artigo Publicado no Jornal de Notícias de 6 de Fevereiro de 2009.
Veja a versão publicada no Acção Socialista.
Etiquetas: Opinião
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home