05 março 2009

Entre_linhas 38 (5março2009)

A minha amiga Irene Guimarães, presidente da Comissão Administrativa Provisória da Escola Secundária Oliveira Júnior, deu uma entrevista ao Labor, onde descreve como «intenso» o desafio que tem entre mãos. A Irene é dos quadros da escola onde também sou efectivo, Serafim Leite, e a forma como encara esta missão de gerir a Oliveira Júnior como se fosse a sua própria escola não me espanta. Trabalhei com ela alguns anos e esta professora é mesmo assim em tudo o que faz. Dedicada, competente e apaixonada pela actividade que desenvolve, foca--se sempre no essencial: tornar a escola um local que sirva cada vez melhor os alunos, no sentido do seu sucesso escolar. Não podia deixar de transmitir esta palavra de encorajamento à Irene, uma amiga professora que simboliza bem a forma profissional com que a grande maioria dos professores portugueses desenvolve a sua actividade.

A Inspecção-Geral de Educação publicou em Fevereiro o relatório da avaliação externa feita à Escola Serafim Leite. Para a avaliação, foram analisados cinco domínios, tendo a escola obtido classificação de “bom” em três e “muito bom” nos restantes dois. Ora cá está outro abraço de felicitações que devo mandar através desta espaço, desta feita ao Pedro Gual, Presidente do Conselho Executivo. A dedicação fantástica dos meus colegas professores, dos funcionários não docentes, dos alunos e dos pais têm feito com que esta escola, acima de tudo, surpreenda pela positiva. A todos eles, um forte abraço de respeito, consideração e saudade.

É verdadeiramente impressionante a estratégia escolhida pelo PSD, o maior partido da oposição, no sentido de se mostrar alternativa ao actual Governo socialista. Essa estratégia tem-se baseado em ataques pouco fundamentados, completamente desenquadrados daquilo que toda a Europa (e diria mesmo todo o mundo) está a fazer. Veja-se, por exemplo, o ataque à opção pelo investimento público! Pois bem, mas a estratégia do PSD tem também uma característica que se vai tornando bastante clara. Foca-se, sobretudo, em episódios marginais numa tentativa de provocar incidentes políticos mesquinhos e ridículos. O último foi lançar-se contra Sócrates por este estar ausente da cimeira europeia para encerrar o congresso do PS. De facto, Ferreira Leite, tal como referiu Santos Silva, apresenta uma “concepção de democracia empobrecida” e eu não podia estar mais de acordo. É que ainda está fresca aquela sua brilhante ideia de suspender a democracia durante 6 meses para “pôr tudo na ordem”!

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