26 setembro 2008

Entre_linhas 16 (25setembro2008)

Foi tornado público nos últimos dias que está prevista a instalação de uma nova superfície comercial de grandes dimensões em S. João da Madeira, desta feita no lugar de Fundões (Devesa Velha), ocupando uma área de mais de 20 mil metros quadrados. Trata-se de uma estrutura que será implantada numa zona que, até este momento, constitui uma das áreas verdes mais vastas da nossa Cidade. Pessoalmente, discordo desta solução, por vários motivos. Em primeiro lugar, o espaço verde subtraído ao concelho com a construção do projecto seria bem mais importante para a Cidade se continuasse verde (mas com o devido tratamento e rentabilização como espaço de laser, é claro!). Em segundo lugar, é puro engano pensarmos que será gerado mais emprego líquido com aquele projecto, dada a dificuldade patente noutras lojas da cidade que têm dispensado pessoas com esse perfil. Finalmente, será um erro sacrificarmos mais ainda os comerciantes da cidade que, basta ir à praça para percebermos que vivem dias difíceis. Isto de gerir o espaço público não é fácil, de facto! E por isso é que a política interessa!

Esta semana foram distribuídos os primeiros 4000 computadores “Magalhães” (num total previsto de 500 mil), a alunos do 1º ciclo do ensino Básico, no âmbito da iniciativa “e-escolinha”. Este acontecimento que, só por si, vem inaugurar uma nova fase da educação básica em Portugal, tem também extrema importância para a economia portuguesa. Na verdade, directa e indirectamente, o Magalhães criará emprego, ajudará a melhorar a balança tecnológica, gerará riqueza e promoverá Portugal internacionalmente. É um projecto que já está a despertar interesse de outros países, numa área de ponta em que não estávamos, de facto, habituados. (www.portatilmagalhaes.com)

Portugal continua a dar cartas na produção de energias alternativas. Esta semana, ficámos a saber que seremos o primeiro país de mundo a produzir, a sério, electricidade a partir das ondas. Embora haja já alguns protótipos em teste por esse mundo fora, o parque da Aguçadoura, já inaugurado, é pioneiro na produção eléctrica numa escala pré-comercial, a partir de equipamentos produzidos industrialmente.