16 outubro 2009

Entre_linhas 60 (15out2009)

No passado dia 11 de Outubro ocorreram as eleições autárquicas e o Partido Socialista de S. João da Madeira viu a sua voz reforçada nos três órgãos: elegeu mais 1 vereador do que há 4 anos (passa a ter 2), elegeu mais 1 deputado municipal (passa a 7) e conta com mais 2 membros da Assembleia de Freguesia (passa a ter 6). O PSD, por sua vez, manteve a sua posição estável nos três órgãos (maioria absoluta) e, no seu todo, os restantes 3 partidos da oposição perdem expressão. Isto quer dizer que os sanjoanenses decidiram permitir que Castro Almeida exerça o seu último mandato à frente dos destinos da Cidade mas também ficou claro que o PS é a única alternativa de poder na Cidade. Depois de uma dura campanha eleitoral, os três cabeças de lista do PS (Pedro Nuno Santos, Cristina Ramalho e Susana Lima) estão, assim, de parabéns pelos resultados alcançados. Por muito que custe a algumas pessoas, o PS não está em S. João da Madeira para cumprir calendário. Os próximos 4 anos serão, estou certo, a prova disso mesmo.

Alguns resultados verificados por esse país fora motivam alguns comentários especiais, para além da vitória expressiva de António Costa em Lisboa. Aqui no distrito de Aveiro, por exemplo, o PS venceu Castelo de Paiva mas perdeu Espinho o que não deixam de ser resultados surpreendentes por motivos completamente diferentes, como é óbvio. Gonçalo Rocha será o próximo Presidente da Câmara de Castelo de Paiva, representando assim uma viragem de página naquele concelho e uma vitória do trabalho político persistente. Por outro lado, José Mota deixará de presidir a Câmara de Espinho, o que não deixa de ser curioso pelo facto de ter conseguido para o concelho aquele que será, provavelmente, o investimento que maior impacto terá no futuro da Cidade (rebaixamento da linha de caminho de ferro). Estes são apenas dois exemplos, bem ao nosso lado, de que em democracia não existem vencedores nem derrotados antecipados. Em democracia, “o povo é quem mais ordena”.

Apesar disso, o voto democrático ditou ainda que, por exemplo, homens polémicos e a contas com a justiça como Valentim Loureiro e Isaltino Morais se mantivessem nos respectivos cargos de Presidente das suas Câmaras. Por estas e por outras é que eu concordo em absoluto com a limitação de mandatos neste tipo de cargos, uma vez que também pode funcionar como um mecanismo eficaz para a regulação de determinados fenómenos com estes.

O Ministério da Justiça tem disponibilizado sites específicos para a apresentação dos resultados oficiais. Acreditem que é a melhor forma de obter tudo aquilo que pretende sobre as últimas Autárquicas. Visite http://www.autarquicas2009.mj.pt e verifique isso mesmo!