19 novembro 2009

Entre_linhas 65 (19nov2009)

As Instituições assumem um papel importantíssimo na vida social de um concelho. Umas mais do que outras, como é evidente. Ora, falar de S. João da Madeira é também falar da Santa Casa da Misericórdia, que se encontra a festejar os seus 88 anos de existência. Trata-se de uma Instituição que tem desenvolvido um trabalho absolutamente crucial em particular junto dos mais desfavorecidos e dos mais desprotegidos. Com um total de 20 valências de prestação directa e servindo mais de 1000 pessoas (entre utentes quotidianos e menos regulares), S. João da Madeira aprendeu a respeitar a grandeza e o mérito da Misericórdia que, ainda por cima, não tem parado de crescer. Estão em curso as candidaturas à construção de um novo lar de idosos e à ampliação da Unidade de Cuidados Continuados, por exemplo. Deixo aqui a minha sincera homenagem a todos aqueles que estão ou estiveram à frente desta grandiosa Instituição, bem como aos seus trabalhadores. A todos eles, muito obrigado!

Há muito que a nossa comunicação social faz bastante alarido à volta de assuntos que se assumem particularmente relevantes pelo alarme social que provocam. No entanto, a forma como o fazem, não permite que, muitas vezes, se cumpra o objectivo essencial de uma peça jornalística que, do meu ponto de vista, é informar. Ora, tudo o que se tem dito a propósito da gripe A, das vacinas, dos riscos associados à exposição ao vírus H1N1 e a forma como tudo isso é transmitido, não tem facilitado o esclarecimento das pessoas. É, pois, muito importante que as pessoas, antes de tomarem qualquer decisão ou atitude, recorram aos seus próprios médicos assistentes, em quem confiam, no sentido de se aconselharem devidamente. É também muito importante que as pessoas leiam, sem ruído, os comunicados formais que vão sendo emitidos pelas entidades de saúde competentes e recorram, em caso de sintomas que o justifiquem, aos serviços disponibilizados para o efeito. Deixo duas referências importantes: o site do Direcção-Geral de Saúde em www.dgs.pt e a linha Saúde 24: 808 24 24 24 .

Portugal não tem deixado de sofrer as consequências da crise severa que tem assolado todos os países do mundo. Aliás, outra coisa não poderia deixar de ser. No entanto, o nosso país continua a convergir com os países mais desenvolvidos numa série de indicadores onde, anos atrás, estávamos em patamares muito baixos. Um desses indicadores tem que ver com a Despesa em Investigação e Desenvolvimento (em percentagem do Produto Interno Bruto), no qual em 2007 atingimos, pela primeira vez na nossa história, o referencial internacional de 1%. Este ano, os resultados do Inquérito ao Potencial Científico e Tecnológico Nacional (IPCTN) divulgados esta semana revelam que o valor relativo a 2008 cifrou-se no máximo histórico de 1,51%, um valor que supera os níveis de despesa em I&D registados em 2007 em Espanha (1,27% do PIB) e na Irlanda (1,31%). Óptimas notícias num país em que também acontecem coisas boas. Embora alguns tentem escondê-las! (www.mctes.pt)