27 fevereiro 2010

Entre_linhas 78 (25fev2010)

Inicia-se agora mais uma nova temporada de exposições temporárias no Museu da Chapelaria, subordinada ao tema Marcas de Identidade. Este conjunto de exposições visa analisar a identidade industrial do Concelho de S. João da Madeira através de grandes marcas que cunharam não só a história da Cidade como também a do próprio País. A iniciar este ciclo serão inauguradas, no próximo dia 27 de Março duas exposições dedicadas à VIARCO, a única empresa de lápis em Portugal. Mais informação sobre a iniciativa em http://museudachapelaria.blogspot.com

Por falar em VIARCO, não sei se os leitores terão a noção de que se trata da única fábrica de lápis existente em Portugal. Desde 1941 está em S. João da Madeira pelas mãos de António Vieira Araújo, filho de Manoel Vieira Araújo que, em 1941, decidiu adquirir a Fábrica portuguesa de Lápis que estava localizada em Vila do Conde. Ainda hoje a sua actividade é bastante dinâmica, estando a actual administração a desenvolver um conjunto de acções que têm promovido a marca desta importante empresa de que S. João da Madeira tanto se pode orgulhar. As novas tecnologias e, em particular, a Internet, têm sido um mecanismo importante de divulgação da actividade industrial e cultural da empresa e, como tal, merece a pena uma visita ao website institucional disponível em http://www.viarco.pt.

Foi publicada a semana passada pela Agência de Modernização Administrativa a lista de classificação final referente ao concurso para admissão de pessoas para exerceram funções na Loja do Cidadão de 2ª geração de S. João da Madeira. Isto quer dizer que as coisas estão a mexer e que, brevemente, teremos no nosso concelho este importante equipamento que permite melhorar a qualidade de vida dos sanjoanenses. Esta rede de Lojas de Cidadão de 2ª geração que está a ser implementada pelo Governo, em articulação com as autarquias, em vários concelhos do país é, de facto, um grande salto qualitativo dado pela administração pública portuguesa em termos de serviço prestado aos cidadãos. Num único balcão, o cidadão acede a vários serviços, uma alteração, para melhor, às Lojas do Cidadão tradicionais que disponibilizavam no mesmo espaço físico o acesso a vários serviços, embora em balcões diferentes. Cá está uma prova de bom investimento público!

A tragédia abateu-se sobre a Madeira. Olhamos para as imagens de toda aquela destruição e pensamos como é que tudo aquilo foi possível. Mas a verdade é que tudo aquilo aconteceu! Importa agora reconstruir a Ilha, não só as infra-estruturas mais básicas, mas também a vida de muitas daquelas pessoas que perderam até familiares próximos e os seus próprios bens. Vai demorar anos para voltarmos a ver a Madeira como era no passado e muita demagogia ainda se verificará à volta de tão dramático tema. Esperemos que, pelo caminho, não surjam obstáculos à reabilitação de toda aquela região tão importante para o sector turístico nacional. Comovente, foi o sentimento de solidariedade demonstrado pelos portugueses que, mais uma vez, responderam aos vários apelos de ajuda. Afinal de contas, ninguém fica indiferente ao sofrimento e à destruição.