Mesmo que não sejam Ferraris!
O vermelho do semáforo ordenou a paragem do trânsito em três faixas de rodagem no mesmo sentido. Na faixa do meio estava um Ferrari, novo em folha e com um roncar robusto, ladeado por duas viaturas obviamente mais modestas. O condutor da direita lança um olhar de inveja para o condutor do bólide ao seu lado e pensa: “Ainda te hei-de ver num carro como o meu, ó meu sacana”! Ao mesmo tempo, o condutor da esquerda, ao olhar para o vermelho vivo ao seu lado, começa a sonhar: “Ainda hei-de ter um destes”!
Esta história acaba por representar duas posturas na vida totalmente diferentes, duas visões do mundo diametralmente opostas e dois níveis de ambição completamente divergentes. Todos sabemos que Portugal está confrontado com grandes dificuldades e se depara com desafios gigantescos. As exigências são enormes e os sacrifícios pedidos às famílias e às empresas constituem um esforço patriótico significativo que nos devia obrigar, a todos, a revelar espírito de responsabilidade, de solidariedade e união.
Mas não! Não é nada disso que está a acontecer. A oposição parece estar apostada em criar dificuldades ao Governo e à estabilidade política. A oposição, de forma mais vincada aquela que ambiciona obsessivamente o poder, deseja que as coisas corram mal, que as contas se compliquem e, para tal, cultiva a falta de esperança, adopta o discurso da tanga, fomenta a intriga, estimula o aparecimento de casos políticos paralelos através de insinuações e meias verdades. E isto ao mesmo tempo que ignora que esta postura prejudica, acima de tudo, o próprio país. A tudo isto chamamos irresponsabilidade.
Quem visitou a mostra Portugal Tecnológico percebeu que o país real, felizmente, é composto por pessoas e organizações que optam por uma postura bem diferente daquela oposição derrotista. No Portugal Tecnológico, eu vi, de facto, um país mais moderno, mais dinâmico, mais empreendedor e mais confiante do que aquele que a tal oposição pessimista nos está a tentar vender. Eu assisti a uma nova forma de ver a energia e a mobilidade, toquei na inovação e vi empresas portuguesas inconformadas, ambiciosas e lutadoras, a apresentarem com orgulho os seus produtos que, nalguns casos, já dão cartas lá fora. Vi capacidade exportadora e senti mobilização. Tomei contacto com serviços públicos mais modernos, mais centrados nas necessidades dos cidadãos e das empresas e contactei com Universidades cada vez mais próximas da realidade das empresas. Naquela mostra vivi o ambiente das novas escolas portuguesas e constatei o dinamismo presente nas diferentes regiões portuguesas. Senti o bom gosto, a tecnologia, a cultura, a arte e a modernidade.
Provavelmente nenhuns daqueles que cultivam a desgraça e o desânimo foram ao Portugal Tecnológico, com receio de contágio e aversão à esperança e ao optimismo. Se foram, certamente contemplaram o que lhes entrava pelos olhos dentro com reservas e desconfiança, e não acreditaram que se tratava da vida real de muitos portugueses e das nossas empresas que, apesar das dificuldades, não baixam os braços. Esta oposição está, portanto, condenada a conduzir um carro modesto movido a gasóleo e a ser ultrapassada pelas viaturas já eléctricas e com tecnologia portuguesa incorporada. Mesmo que não sejam Ferraris!
Artigo publicado no Acção Socialista de 30 de Setembro de 2010.
Esta história acaba por representar duas posturas na vida totalmente diferentes, duas visões do mundo diametralmente opostas e dois níveis de ambição completamente divergentes. Todos sabemos que Portugal está confrontado com grandes dificuldades e se depara com desafios gigantescos. As exigências são enormes e os sacrifícios pedidos às famílias e às empresas constituem um esforço patriótico significativo que nos devia obrigar, a todos, a revelar espírito de responsabilidade, de solidariedade e união.
Mas não! Não é nada disso que está a acontecer. A oposição parece estar apostada em criar dificuldades ao Governo e à estabilidade política. A oposição, de forma mais vincada aquela que ambiciona obsessivamente o poder, deseja que as coisas corram mal, que as contas se compliquem e, para tal, cultiva a falta de esperança, adopta o discurso da tanga, fomenta a intriga, estimula o aparecimento de casos políticos paralelos através de insinuações e meias verdades. E isto ao mesmo tempo que ignora que esta postura prejudica, acima de tudo, o próprio país. A tudo isto chamamos irresponsabilidade.
Quem visitou a mostra Portugal Tecnológico percebeu que o país real, felizmente, é composto por pessoas e organizações que optam por uma postura bem diferente daquela oposição derrotista. No Portugal Tecnológico, eu vi, de facto, um país mais moderno, mais dinâmico, mais empreendedor e mais confiante do que aquele que a tal oposição pessimista nos está a tentar vender. Eu assisti a uma nova forma de ver a energia e a mobilidade, toquei na inovação e vi empresas portuguesas inconformadas, ambiciosas e lutadoras, a apresentarem com orgulho os seus produtos que, nalguns casos, já dão cartas lá fora. Vi capacidade exportadora e senti mobilização. Tomei contacto com serviços públicos mais modernos, mais centrados nas necessidades dos cidadãos e das empresas e contactei com Universidades cada vez mais próximas da realidade das empresas. Naquela mostra vivi o ambiente das novas escolas portuguesas e constatei o dinamismo presente nas diferentes regiões portuguesas. Senti o bom gosto, a tecnologia, a cultura, a arte e a modernidade.
Provavelmente nenhuns daqueles que cultivam a desgraça e o desânimo foram ao Portugal Tecnológico, com receio de contágio e aversão à esperança e ao optimismo. Se foram, certamente contemplaram o que lhes entrava pelos olhos dentro com reservas e desconfiança, e não acreditaram que se tratava da vida real de muitos portugueses e das nossas empresas que, apesar das dificuldades, não baixam os braços. Esta oposição está, portanto, condenada a conduzir um carro modesto movido a gasóleo e a ser ultrapassada pelas viaturas já eléctricas e com tecnologia portuguesa incorporada. Mesmo que não sejam Ferraris!
Artigo publicado no Acção Socialista de 30 de Setembro de 2010.
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