28 janeiro 2011

Entre_linhas 113 (27janeiro2011)

Nas presidenciais do passado dia 23 de Janeiro, os portugueses escolheram Cavaco Silva para exercer o cargo de Presidente da República por mais 5 anos. Muita coisa já se especulou acerca dos cenários políticos que se adivinham para os próximos meses mas, confesso-vos, isso não me interessa nada. Tudo está em aberto, tudo pode acontecer, como já podia acontecer antes das eleições. O que o país precisa neste momento é de serenidade para que consiga ultrapassar a grave situação em que se encontra e por isso, não vou entrar na mesma tentação. No entanto, nesta fase de rescaldo, importa sublinhar alguns aspectos que me parecem relevantes. Desde logo, é importante referir que em S. João da Madeira, Alegre teve melhor resultado (22,96%) do que obteve em todo o distrito de Aveiro (17,55%) e no todo nacional (19,76%). Por outro lado, também é motivo de registo o facto de Cavaco, em S. João da Madeira, com os seus 50,99%, conseguiu um resultado abaixo do conseguido no distrito de Aveiro (60,69%) e abaixo do total nacional (52,94%). Mais ainda: em S. João da Madeira, Manuel Alegre conseguiu mesmo o 2º melhor resultado dos 19 concelhos do distrito de Aveiro e Cavaco o 2º pior, ambos superados apenas pelos respectivos resultados obtidos na Mealhada. É curioso ainda o resultado de Nobre, uma vez que foi precisamente em S. João da Madeira que este candidato obteve o seu melhor resultado do distrito de Aveiro. Para ser claro, não direi que estou satisfeito com os resultados. Estando definido como grande objectivo levar a decisão para uma segunda volta, reconheço que a derrota do candidato que apoiei é uma evidência. Fui o coordenador da campanha de Alegre no meu concelho e, portanto, não deixo de assumir as minhas responsabilidades. Podíamos ter feito mais, é certo porque podemos sempre fazer mais! Mas tenho que referir que em S. João da Madeira, conseguimos abrir uma sede de campanha, o que não aconteceu na maioria dos concelhos do país. Também em S. João da Madeira conseguimos desenvolver algumas acções conjuntas entre as duas forças políticas que apoiaram Alegre (PS e Bloco), um cenário que não ocorreu na maioria dos concelhos do país. Conseguimos também que o programa da visita de Alegre ao distrito passasse por S. João da Madeira o que não deixa também de ser significativo. Esta derrota foi expressiva, não nego. No entanto, deixa-nos pistas para o futuro, exigindo uma reflexão em torno dos resultados apurados.

Há colectividades que desempenham um papel muito importante na vida de muitas pessoas, embora muitas vezes o façam de forma discreta. Por exemplo, a Unidade de Apoio a Toxicodependentes e Seropositivos da Santa Casa da Misericórdia de S. João da Madeira (Trilho), no âmbito de um projecto de reinserção social e profissional de toxicodependentes e alcoólicos, conseguiu empregar 9 dos 17 indivíduos participantes. Este programa, designado por “Trapézio Com Rede”, está a funcionar há quase dois anos e conta com o apoio do Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT). Mais uma vez, a Santa Casa contribui, e de que maneira, para a melhoria da qualidade de vida de famílias sanjoanenses!

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