Entre_linhas 138 (6outubro2011)
No passado dia 30 de Setembro, a convite da Direcção da Escola Secundária Serafim Leite, estive presente na cerimónia do Dia do Diploma, que consistia na entrega dos diplomas de mérito, de honra e certificados do curso Português para Todos, aos alunos que concluíram o ensino secundário no ano lectivo 2010/2011. Foi um dia importante para todos aqueles alunos e, por isso, é também importante sublinharmos desde já a forma digna e bastante organizada como a escola desenvolveu esta cerimónia, contando apenas com recursos humanos e técnicos próprios. Todos os alunos que subiram ao palco entram agora numa fase diferente das suas vidas. Uns irão prosseguir os estudos para a Universidade; outros integrarão o mercado de trabalho e outros ainda continuarão a sua vida como até aqui, mais realizados e valorizados sob o ponto de vista pessoal, já que concluíram os seus estudos numa altura em que já trabalhavam. Apesar de todos merecerem distinção por esta conclusão, gostaria de enaltecer em particular dois grupos. Em primeiro lugar, a Rita Bastos e Beatriz Constantino que receberam os diplomas de mérito por terem sido as melhores alunas dos Curso Científico-Humanístico e Profissional, respectivamente. Apesar de não contarem este ano com os 500€ que eram atribuídos em anos anteriores a estes alunos, contam certamente com o carinho e o reconhecimento de toda a comunidade educativa, constituindo, por isso, um exemplo para todos aqueles que acreditam no trabalho como um dos principais factores necessários à obtenção de bons resultados. Em segundo lugar, gostaria ainda de enaltecer todos aqueles que voltaram à escola em idade mais avançada, alguns deles revelando um esforço notável para frequentarem as aulas no final de um dia cansativo de trabalho, com sacrifícios pessoais e para as respectivas famílias, mas que viram o seu esforço reconhecido. A estes cidadãos, a quem o actual Primeiro-Ministro no calor da campanha eleitoral chamou ignorantes com todas as letras, gostaria de enviar um abraço de reconhecimento e admiração especiais.
Castro Almeida, de vez em quando, profere alguns comentários sobre o enquadramento legal em que se movem as autarquias locais que importa registar para memória futura. Desta vez, quando se fala da organização administrativa do país e da própria organização das autarquias, o Presidente da Câmara de S. João da Madeira sustenta mesmo que “seria um passo atrás se a revisão da Lei Eleitoral eliminasse vereadores da oposição na composição da Câmara Municipal”. Independentemente da discussão que teremos que fazer em torno deste tema, isto é, se os executivos camarários devem ou não ser todos do mesmo partido político como acontece, aliás, com o Governo da Nação, para percebermos a genuína bondade do comentário, importaria fazermos o exercício mental de como seria termos Castro Almeida a liderar um executivo em que o seu partido estivesse em minoria. Os sanjoanenses sempre deram a este Presidente da Câmara maiorias absolutas e isso é incontestável. E por isso é fácil ter este discurso. De qualquer modo, face ao modo como, na prática as coisas vão ocorrendo e vão sendo geridas, tenho sérias dúvidas quanto ao verdadeiro sentimento do Senhor Presidente da Câmara. E já não vamos ter oportunidade para tirar a prova dos nove, uma vez que este será o último mandato de Castro Almeida. Mesmo existindo um conjunto de autarcas que se estão a organizar no sentido de acabar com a Lei que impõe a limitação de mandatos, eu ouvi com os meus ouvidos, em Março deste ano num seminário realizado no Porto, Castro Almeida sustentar que, ele próprio, estará na linha da frente a defender a manutenção dessa limitação, algo que, obviamente, eu estou totalmente de acordo.
Castro Almeida, de vez em quando, profere alguns comentários sobre o enquadramento legal em que se movem as autarquias locais que importa registar para memória futura. Desta vez, quando se fala da organização administrativa do país e da própria organização das autarquias, o Presidente da Câmara de S. João da Madeira sustenta mesmo que “seria um passo atrás se a revisão da Lei Eleitoral eliminasse vereadores da oposição na composição da Câmara Municipal”. Independentemente da discussão que teremos que fazer em torno deste tema, isto é, se os executivos camarários devem ou não ser todos do mesmo partido político como acontece, aliás, com o Governo da Nação, para percebermos a genuína bondade do comentário, importaria fazermos o exercício mental de como seria termos Castro Almeida a liderar um executivo em que o seu partido estivesse em minoria. Os sanjoanenses sempre deram a este Presidente da Câmara maiorias absolutas e isso é incontestável. E por isso é fácil ter este discurso. De qualquer modo, face ao modo como, na prática as coisas vão ocorrendo e vão sendo geridas, tenho sérias dúvidas quanto ao verdadeiro sentimento do Senhor Presidente da Câmara. E já não vamos ter oportunidade para tirar a prova dos nove, uma vez que este será o último mandato de Castro Almeida. Mesmo existindo um conjunto de autarcas que se estão a organizar no sentido de acabar com a Lei que impõe a limitação de mandatos, eu ouvi com os meus ouvidos, em Março deste ano num seminário realizado no Porto, Castro Almeida sustentar que, ele próprio, estará na linha da frente a defender a manutenção dessa limitação, algo que, obviamente, eu estou totalmente de acordo.
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