Entre_linhas 118 (10março2011)
Iniciou-se esta semana a maior operação estatística do país, levada a cabo pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) de 10 em 10 anos. No âmbito do Censos 2011 (XV Recenseamento Geral da População e o V Recenseamento Geral da Habitação), todos os alojamentos vão ser contactados pelos Recenseadores do INE que, porta a porta, vão percorrer o país para entrega dos questionários em papel e dos códigos necessários para resposta pela Internet. Pela primeira vez, em Portugal, vai ser possível responder aos Censos também pela Internet (desta feita, entre 21 de Março e 10 de Abril). Ao responder aos Censos, cada cidadão está a “contar” para a “fotografia” da população e do parque habitacional e, segundo o INE, “essa fotografia só terá qualidade se reflectir a realidade” de cada cidadão pelo que, a não resposta, estará a “impedir a nitidez e o rigor do retrato do país e das medidas que, a partir dele, vierem a ser tomadas”. É, portanto, muito importante, a participação de todos nesta operação. Em S. João da Madeira, a equipa de recenseadores conta com cerca de 40 pessoas que, entre 7 e 20 de Março, devidamente identificados, baterão às portas de todos os sanjoanenses, sendo muito importante que cada um de nós tenha em conta e reconheça a relevância da nossa própria resposta e colabore com o recenseador! (www.censos2011.ine.pt).
Estive ligado ao nascimento do Espaço Internet em S. João da Madeira, inicialmente instalado junto ao Mercado Municipal. Inaugurado a 25 de Junho de 2003, o Espaço Internet de S. João da Madeira constitui um local público de acesso gratuito às Tecnologias da Informação e Comunicação, em particular à Internet, desempenhando um papel muito relevante para a disseminação destas tecnologias junto das famílias portuguesas e, consequentemente, para o combate à info-exclusão. Mais tarde, depois de terminado o financiamento do projecto pelo Programa Operacional Sociedade do Conhecimento (POSC), a Câmara optou por transferir o Espaço Internet para os Paços da Cultura e agora, segundo a própria Câmara, com a alegação de que o “serviço não está a crescer”, o horário vai ser reduzido. Segundo o senhor Presidente da Câmara, “felizmente nas cidades mais desenvolvidas os Espaços Internet estão a desaparecer e há-de chegar ao tempo em que não serão necessários”, o que não corresponde, de todo, à verdade. Haverá sempre a necessidade de dotar as cidades de locais públicos de acesso à Internet, uma vez que haverá sempre público a procurá-los, sejam pessoas que não possuem computador em casa e/ou acesso à Internet, pessoas que querem aprender, com um apoio personalizado, a rentabilizar as ferramentas tecnológicas, cidadãos com necessidades especiais cujos equipamentos específicos são bastante dispendiosos, pessoas que visitam temporariamente a cidade, entre outros. Não creio que nos próximos tempos seja oportuno dispensar um serviço tão importante quanto este. O que se deverá fazer será pensarmos em formas de o rentabilizar, de o potenciar e, digo-vos já, que existem variadas soluções possíveis. Em 2003, apenas 30% dos agregados familiares tinham computador em casa e agora, são o dobro (60%). Em 2003, apenas 22% dos agregados tinham Internet em suas casas (8% em banda larga) e hoje são já 54% os que têm Internet e 50% os que acedem através de banda larga. De facto, as coisas estão diferentes no país e, em particular, em S. João da Madeira. No entanto, no meu entender, um espaço público de acesso às TIC e à Internet ainda faz todo o sentido como forma de promoção da igualdade de oportunidades no acesso e de condições de atracção das cidades. Espero que a necessidade de cortar despesa não deixe cair este tipo de serviços prestados pelas autarquias.
Estive ligado ao nascimento do Espaço Internet em S. João da Madeira, inicialmente instalado junto ao Mercado Municipal. Inaugurado a 25 de Junho de 2003, o Espaço Internet de S. João da Madeira constitui um local público de acesso gratuito às Tecnologias da Informação e Comunicação, em particular à Internet, desempenhando um papel muito relevante para a disseminação destas tecnologias junto das famílias portuguesas e, consequentemente, para o combate à info-exclusão. Mais tarde, depois de terminado o financiamento do projecto pelo Programa Operacional Sociedade do Conhecimento (POSC), a Câmara optou por transferir o Espaço Internet para os Paços da Cultura e agora, segundo a própria Câmara, com a alegação de que o “serviço não está a crescer”, o horário vai ser reduzido. Segundo o senhor Presidente da Câmara, “felizmente nas cidades mais desenvolvidas os Espaços Internet estão a desaparecer e há-de chegar ao tempo em que não serão necessários”, o que não corresponde, de todo, à verdade. Haverá sempre a necessidade de dotar as cidades de locais públicos de acesso à Internet, uma vez que haverá sempre público a procurá-los, sejam pessoas que não possuem computador em casa e/ou acesso à Internet, pessoas que querem aprender, com um apoio personalizado, a rentabilizar as ferramentas tecnológicas, cidadãos com necessidades especiais cujos equipamentos específicos são bastante dispendiosos, pessoas que visitam temporariamente a cidade, entre outros. Não creio que nos próximos tempos seja oportuno dispensar um serviço tão importante quanto este. O que se deverá fazer será pensarmos em formas de o rentabilizar, de o potenciar e, digo-vos já, que existem variadas soluções possíveis. Em 2003, apenas 30% dos agregados familiares tinham computador em casa e agora, são o dobro (60%). Em 2003, apenas 22% dos agregados tinham Internet em suas casas (8% em banda larga) e hoje são já 54% os que têm Internet e 50% os que acedem através de banda larga. De facto, as coisas estão diferentes no país e, em particular, em S. João da Madeira. No entanto, no meu entender, um espaço público de acesso às TIC e à Internet ainda faz todo o sentido como forma de promoção da igualdade de oportunidades no acesso e de condições de atracção das cidades. Espero que a necessidade de cortar despesa não deixe cair este tipo de serviços prestados pelas autarquias.
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