Entre_linhas 166 (17maio2012)
A Oliva empregou milhares de pessoas e não será exagero dizer que praticamente todas as famílias sanjoanenses estiverem, direta ou indiretamente, ligadas àquela empresa. É, portanto, previsível que muitos sanjoanenses assistam com alguma emoção à reanimação daquele espaço que já foi, em tempos idos, um grande polo de dinamização económica, social e cultural de toda esta região. De facto, já começou a animação na Oliva Creative Factory. Mesmo antes de todo o edifício estar pronto, iniciaram-se esta semana um conjunto de ações imateriais, onde se inclui a residência artística de desenho que reúne três artistas: Paulo Luís Almeida, Robert Clark e o nosso há muito conhecido Victor Costa; bem como a realização de workshops e exposição. Começar a animar aquele espaço, dá-lo a conhecer aos sanjoanenses antes mesmo da sua abertura oficial parece-me uma boa estratégia para que se vá construindo uma certa interatividade e afinidade entre os sanjoanenses e o próprio equipamento. Sustentar aquele equipamento no tempo exigirá criatividade e imaginação o que, aliás, são valores que norteiam aquilo que por lá se vai passar. Espero, sinceramente, que a cidade consiga estar à altura daquilo que foi a história da empresa.
Por ser um tema demasiado importante para o futuro do nosso concelho, volto a ele esta semana, tanto mais que há dados novos. De facto, relativamente à possibilidade da integração de Milheirós de Poiares em S. João da Madeira colocada no seguimento da aprovação de uma moção na Assembleia de Freguesia de Milheirós, ficamos esta semana a saber que o Presidente da Câmara “tem simpatia” pela ideia, embora acabe por reconhecer, como o tinha feito a semana passada o nosso presidente da Junta de Freguesia, que não fará grandes ondas caso a Feira venha a manifestar-se contra. Ora, antes que isto aconteça, embora a Feira já tenha vindo dizer que “está fora de hipótese a alteração dos limites do concelho”, era muito importante que a nossa autarquia promovesse alguns contatos e ações, no sentido de influenciar a posição da Feira, sensibilizando-os para a relevância estratégica que a transferência daquela freguesia para S. João da Madeira teria para todos os territórios envolvidos. Perante esta possibilidade objetiva, ficar de braços cruzados é uma irresponsabilidade. Não fazer nada para que o cenário se concretize, é dar o ouro ao bandido, é não defender os interesses legítimos das pessoas de Milheirós e ignorar os interesses de S. João da Madeira. Espero voltar a este tema nas próximas semanas, desta feita para comentar boas notícias.
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