Entre_linhas 162 (12abril2012)
A Câmara Municipal desdobra-se em ações desesperadas com vista a explicar o que, na prática, ninguém sente: que o preço da água em S. João da Madeira é mais baixo do que na maioria dos concelhos do país. Apesar de vários estudos o contrariarem, apesar dos sanjoanenses sentirem no bolso a pesada fatura, o Senhor Presidente da Câmara lá consegue encontrar uma forma de ver o assunto numa perspetiva que lhe é mais favorável, baralhando os números, é certo, mas não conseguindo baixar a conta que todos pagamos ao final de cada mês. Mesmo sabendo que está previsto um aumento do preço da água lá para Setembro, o Presidente da Câmara sente-se “satisfeitíssimo” com a parceria da água, dizendo mesmo que este negócio “está longe de ser um negócio da China para a empresa parceira”. Qualquer dia tentarão vender a ideia de que a empresa até está com dificuldades por estar a fazer um grande favor aos sanjoanenses! O tempo acabará por dar razão a todos aqueles que, como eu, acham que este negócio não foi bom para o nosso concelho. Os sinais que já existem não oferecem grandes dúvidas!
Quem como eu anda na vida política fica, obviamente, apreensivo com a imagem que as pessoas, em geral, vão tendo dos políticos e dos partidos. Existe uma tendência generalizada, cada vez mais comum, em dizer-se que os políticos são todos iguais e que fazem todos a mesma coisa. É claro que eu não entro nesse registo, tanto mais que acredito, convictamente, que há muita gente que está na política por reconhecer que essa é a melhor forma de tentar fazer algo pelo bem comum, no sentido da construção de um mundo melhor, de um país melhor, de uma cidade melhor! Infelizmente, quase todos os dias somos confrontados com determinadas atitudes de políticos com responsabilidades que prejudicam a imagem de toda a classe política, uma vez que dá origem, precisamente, a inevitáveis generalizações. Ora, esta semana o Primeiro-Ministro (PM) de Portugal deu um grande contributo para esse campeonato por ter mentido duas vezes! Uma de forma explícita e outra por omissão. A explícita ocorreu com o episódio da reposição dos subsídios de Férias e de Natal que, ao contrário do que tinha dito em Outubro, não vão ser retirados apenas em 2012 e 2013. O PM podia até dizer que não havia condições para a reposição daqueles subsídios antes de 2015! Agora, vir dizer que não disse o que toda a gente ouviu, fica-lhe mal e fere de morte a relação de confiança entre o político e o cidadão eleitor! A outra mentira, desta feita por omissão, teve que ver com a aprovação de um diploma em Conselho de Ministros que proíbe a antecipação das reformas, diploma esse que foi, deliberadamente, mantido em silêncio, até à sua publicação em Diário da República, por se temer uma corrida às reformas antecipadas. Trata-se de uma atitude que, acima de tudo, revela falta de lealdade para com os portugueses e até, de certo modo, uma traição. Do meu ponto de vista, esta semana, com estes dois episódios, o PM deu uma péssima imagem dos políticos, contribuindo para a sedimentação da tal imagem negativa do exercício da política. Assim não vai ser fácil fazer com que os portugueses compreendam o que se vai passando no país!
Quem como eu anda na vida política fica, obviamente, apreensivo com a imagem que as pessoas, em geral, vão tendo dos políticos e dos partidos. Existe uma tendência generalizada, cada vez mais comum, em dizer-se que os políticos são todos iguais e que fazem todos a mesma coisa. É claro que eu não entro nesse registo, tanto mais que acredito, convictamente, que há muita gente que está na política por reconhecer que essa é a melhor forma de tentar fazer algo pelo bem comum, no sentido da construção de um mundo melhor, de um país melhor, de uma cidade melhor! Infelizmente, quase todos os dias somos confrontados com determinadas atitudes de políticos com responsabilidades que prejudicam a imagem de toda a classe política, uma vez que dá origem, precisamente, a inevitáveis generalizações. Ora, esta semana o Primeiro-Ministro (PM) de Portugal deu um grande contributo para esse campeonato por ter mentido duas vezes! Uma de forma explícita e outra por omissão. A explícita ocorreu com o episódio da reposição dos subsídios de Férias e de Natal que, ao contrário do que tinha dito em Outubro, não vão ser retirados apenas em 2012 e 2013. O PM podia até dizer que não havia condições para a reposição daqueles subsídios antes de 2015! Agora, vir dizer que não disse o que toda a gente ouviu, fica-lhe mal e fere de morte a relação de confiança entre o político e o cidadão eleitor! A outra mentira, desta feita por omissão, teve que ver com a aprovação de um diploma em Conselho de Ministros que proíbe a antecipação das reformas, diploma esse que foi, deliberadamente, mantido em silêncio, até à sua publicação em Diário da República, por se temer uma corrida às reformas antecipadas. Trata-se de uma atitude que, acima de tudo, revela falta de lealdade para com os portugueses e até, de certo modo, uma traição. Do meu ponto de vista, esta semana, com estes dois episódios, o PM deu uma péssima imagem dos políticos, contribuindo para a sedimentação da tal imagem negativa do exercício da política. Assim não vai ser fácil fazer com que os portugueses compreendam o que se vai passando no país!
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