03 fevereiro 2012

Entre_linhas 153 (3fevereiro2012)

Acabei de chegar do teatrinho organizado pela professora do meu filho Tomás, que anda no 2º ano na Escola de Carquejido. A sala dos Paços da Cultura de S. João da Madeira estava cheia de familiares dos artistas e o sentimento era geral: orgulho. Foi uma peça que demorou largas semanas a preparar, onde tudo foi pensado ao pormenor. O resultado final foi, de facto, extraordinário. A professora Xana está de parabéns, bem como todos os que a apoiaram nesta empreitada, não só professores e auxiliares da escola, mas também encarregados de educação. E os artista também, naturalmente. Nestas alturas, a escola pública e o trabalho dos professores deve ser valorizado e é isso que eu também pretendo fazer com esta nota. Quanto ao meu filhote, foi narrador na companhia da queridinha Laura e, apesar da responsabilidade da tarefa, acho que eu próprio estava mais nervoso do que ele. Portou-se lindamente, este meu rebento mais velho! Nestas alturas o sentimento de paternidade agiganta-se, toma conta de nós, derrete-nos! Desculpem-me mas tenho que o dizer aqui e agora, porque ele já sabe ler: parabéns Tomás!

Partilhei no meu Facebook a entrevista de Bernardo Azevedo ao Labor da semana passada, um militante do PSD de S. João da Madeira, ex-membro da Assembleia Municipal, que critica abertamente algumas das opções políticas da Câmara Municipal liderada por Castro Almeida. Claro que recebi alguns comentários de amigos da família PSD a tentarem desvalorizar a entrevista e a insinuarem que se o tom não tivesse sido de crítica mas sim de elogio não teria tanto eco. De facto, é bem verdade! O que eu registo desta entrevista é, precisamente, a crítica vinda de alguém do interior do PSD, que teve já responsabilidades autárquicas recentes, um fenómeno inédito desde que Castro Almeida tomou posse como Presidente da Câmara há 10 anos atrás. Não sei se será fraca memória mas, na verdade, não me lembro de ouvir críticas tão severas vindas de militantes do PSD local desde que Castro Almeida tomou posse. Por ser novidade é que merece este facto ser destacado e sublinhado. Vale o que vale, é certo! Mas não deixa de ser relevante! Não estou sequer a falar do teor da crítica, se é justa ou injusta, tanto mais que, obviamente, entraríamos no campo da subjetividade. Estou tão só a enaltecer o facto de não serem só os elementos da oposição que consideram necessária uma inversão de prioridades! O apelo vem também de dentro! E isso, quanto a mim, é positivo!

Já agora, a propósito, um dos tais comentários de um amigo meu do PSD ao meu post, sugeria que poderia ser usada a minha crónica da semana passada neste mesmo jornal, onde valorizei e enalteci o projeto do turismo industrial, para fazer grande destaque dizendo que eu elogiei políticas de Castro Almeida. Nada mais verdadeiro! De facto, quando se justifica, não tenho qualquer problema em enaltecer uma medida ou uma decisão tomada pela Câmara, desde que a nossa terra, do meu ponto de vista, fique a ganhar. O que me move é a construção de uma cidade mais interessante, mais solidária e mais competitiva, onde cada vez dê mais gozo viver, trabalhar e visitar. É natural que elogie quando tal se justifique!

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