Entre_linhas 145 (9dezembro2011)
Em entrevista ao Jornal de Notícias de 28 de Novembro, Castro Almeida define-se como um "homem do Porto". Perante uma frase destas e ao ler toda a peça jornalística, tirei as minhas conclusões que, como é óbvio, não passam disso mesmo: da minha própria interpretação daquilo que foi dito! Pois bem, no final da entrevista fiquei com uma clara convicção de que a ambição de Castro Almeida no final do seu mandato na Câmara de S. João da Madeira, daqui por dois anos, será a de ocupar um cargo num contexto regional, mais propriamente na região Norte. Com vista a tal objectivo, faz bem e é útil reconhecer a sua condição de pertença ao Porto, a sua defesa "feroz" pela regionalização e até a necessidade de que a Área Metropolitana do Porto venha a ter um presidente eleito e a tempo inteiro. Não há mal nenhum neste tipo de declarações reveladoras dos objectivos pessoais das pessoas. Pelo contrário! O que espero é que Castro Almeida não se distraia muito na já iniciada perseguição de tais objectivos em prejuízo da defesa daquilo que deve ser defendido em prol da nossa terra que, mesmo daqui a dois anos, continuará a ser S. João da Madeira. Eu, pelo menos, serei sempre um "homem de S. João da Madeira"!
O estudo "Quality of Living 2011", realizado pela consultora Mercer (http://www.mercer.com/qualityofliving), analisou a qualidade de vida em 221 cidades do mundo. A cidade de Viena, na Áustria, foi considerada a cidade com maior qualidade de vida do mundo, tendo Lisboa, a única cidade portuguesa contemplada no estudo, conseguido a 41.ª posição, colocando-se à frente de cidades como Madrid, Roma ou Rio de Janeiro. Para o cálculo do score obtido por cada cidade, os autores do estudo utilizaram 39 critérios distribuídos por 10 categorias distintas, tais como Ambientes político, social, económico e sócio cultural, aspectos relacionados com a saúde, educação e ambiente, Serviços Públicos e transportes, Recreio, bens de consumo e habitação. Como qualquer estudo deste tipo, há sempre um cunho de subjectividade decorrente dos critérios definidos, se bem que, neste caso, a metodologia apresenta uma certa robustez e rigor científico. Ora, esta é uma oportunidade para recuperarmos um outro estudo realizado pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade Técnica de Lisboa que permite que o nosso Presidente da Câmara refira, à boca cheia, que a nossa terra é a melhor cidade do país para se viver e com a melhor qualidade de vida, aliás, precisamente o mesmo estudo que nos permite dizer o mesmo em relação a todas as cidades do mundo. Acontece que este último estudo foi realizado com uma amostra composta por apenas 20 cidades portuguesas e, embora respeite a metodologia utilizada, deixa-nos alguma desconfiança e desconforto. De facto, nós sanjoanenses, somos, provavelmente os portugueses campeões do bairrismo e os maiores defensores da sua própria terra. Disso não tenho quaisquer dúvidas. Contudo, julgo que é importante para a própria cidade que os responsáveis pela sua gestão tenham a capacidade de relativizarem este tipo de abordagens apaixonadas, sob a pena de nos estarmos a enganar a nós próprios e até cairmos no ridículo. Ninguém gosta mais da minha terra do que eu! Pode gostar tanto, mas mais não gostará com toda a certeza! No entanto, convenhamos, para sermos a melhor cidade do país em termos de qualidade de vida, ainda precisa de acontecer muita coisa no nosso território! De qualquer modo, admito que os sanjoanenses, em geral, e a própria Câmara Municipal continuem a dizer que somos os maiores do mundo. É que eu vou continuar também a dizer que os meus 3 filhos são os mais bonitos do mundo e, desculpem lá a arrogância, segundo os meus próprios critérios, essa conclusão é inabalável!!
O estudo "Quality of Living 2011", realizado pela consultora Mercer (http://www.mercer.com/qualityofliving), analisou a qualidade de vida em 221 cidades do mundo. A cidade de Viena, na Áustria, foi considerada a cidade com maior qualidade de vida do mundo, tendo Lisboa, a única cidade portuguesa contemplada no estudo, conseguido a 41.ª posição, colocando-se à frente de cidades como Madrid, Roma ou Rio de Janeiro. Para o cálculo do score obtido por cada cidade, os autores do estudo utilizaram 39 critérios distribuídos por 10 categorias distintas, tais como Ambientes político, social, económico e sócio cultural, aspectos relacionados com a saúde, educação e ambiente, Serviços Públicos e transportes, Recreio, bens de consumo e habitação. Como qualquer estudo deste tipo, há sempre um cunho de subjectividade decorrente dos critérios definidos, se bem que, neste caso, a metodologia apresenta uma certa robustez e rigor científico. Ora, esta é uma oportunidade para recuperarmos um outro estudo realizado pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade Técnica de Lisboa que permite que o nosso Presidente da Câmara refira, à boca cheia, que a nossa terra é a melhor cidade do país para se viver e com a melhor qualidade de vida, aliás, precisamente o mesmo estudo que nos permite dizer o mesmo em relação a todas as cidades do mundo. Acontece que este último estudo foi realizado com uma amostra composta por apenas 20 cidades portuguesas e, embora respeite a metodologia utilizada, deixa-nos alguma desconfiança e desconforto. De facto, nós sanjoanenses, somos, provavelmente os portugueses campeões do bairrismo e os maiores defensores da sua própria terra. Disso não tenho quaisquer dúvidas. Contudo, julgo que é importante para a própria cidade que os responsáveis pela sua gestão tenham a capacidade de relativizarem este tipo de abordagens apaixonadas, sob a pena de nos estarmos a enganar a nós próprios e até cairmos no ridículo. Ninguém gosta mais da minha terra do que eu! Pode gostar tanto, mas mais não gostará com toda a certeza! No entanto, convenhamos, para sermos a melhor cidade do país em termos de qualidade de vida, ainda precisa de acontecer muita coisa no nosso território! De qualquer modo, admito que os sanjoanenses, em geral, e a própria Câmara Municipal continuem a dizer que somos os maiores do mundo. É que eu vou continuar também a dizer que os meus 3 filhos são os mais bonitos do mundo e, desculpem lá a arrogância, segundo os meus próprios critérios, essa conclusão é inabalável!!
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