Entre_linhas 150 (12janeiro2012)
João, o filho de um amigo, foi trabalhar o ano passado para Inglaterra. Nos primeiros dias de trabalho ficou até tarde no escritório, ao contrário dos colegas que saíam todos à mesma hora. No final da primeira semana, o seu chefe chamou-o para o alertar para o facto de que toda a gente teria que sair da empresa à mesma hora (às 17h), dizendo-lhe ainda que, das duas uma: “se o que tinha que ser feito naquele dia não foi feito até às 17h, era porque o João se mostrava incompetente; e se não tinha que ser feito naquele dia, podia transitar para o dia seguinte”! Esta pequena mas verdadeira história surgiu-me quando li uma frase na entrevista de Castro Almeida ao Regional da semana passada, a propósito do balanço que fez dos seus dez anos à frente da Câmara Municipal de S. João da Madeira. A certa altura, dizia o Presidente da Câmara que, naquele dia em quem concedia a entrevista, tinha entrado na Câmara antes das 8 horas e iria sair por volta da meia-noite. De facto, esta informação não é minimamente relevante para aquilo que se pretendia transmitir. É que o grau de dedicação a uma organização não se mede pelo número de horas que lá passa num determinado dia de trabalho. E Castro Almeida sabe disso muito bem!
Nessa mesma entrevista, o Presidente da Câmara refere-se à empresa Águas de S. João (detida em 49% por privados através de uma parceria público-privada) como sendo responsável pela diminuição das perdas de 35% para 22%, pelo aumento da captação local e pela melhoria do nível da qualidade da água. Isto tudo sem aumentar o preço doméstico durante cinco anos. No entanto, do meu ponto de vista, trata-se de um péssimo negócio para a cidade do lado da perda de receita e o futuro, infelizmente, encarregar-se-á de o demonstrar. Recorde-se que ainda muito recentemente o Jornal de Notícias publicava uma notícia, dando conta que Santa Maria da Feira tem a água mais cara da Área Metropolitana do Porto (23€/metro cúbico mensal), estando S. João da Madeira com o segundo valor mais elevado (19€/metro cúbico mensal), posição partilhada com outros três concelhos (Trofa, Vila Nova de Gaia e Póvoa de Varzim). Do Entre Douro e Vouga, S. João da Madeira é também o segundo concelho com o valor mais elevado, colocando-se atrás de Oliveira de Azeméis (18€/metro cúbico mensal), Vale de Cambra (15€/metro cúbico mensal) e Arouca (9€/metro cúbico mensal), este último com preços menos de metade mais baratos do que os praticados em S. João da Madeira. Os factos falam por si. Sendo a empresa que está neste negócio na Feira e em S. João da Madeira precisamente a mesma, outra coisa não se poderia esperar!
Não sei se terão reparado mas passei a escrever os meus textos ao abrigo do novo acordo ortográfico. Confesso que tenho a tarefa algo facilitada pelo facto de usar no meu computador uma versão do word já com o corretor automático, o que me retira algum grau de insegurança quanto ao resultado final. De facto, algumas palavras causam alguns arrepios enquanto não nos habituamos. Para quem ainda não tem esta versão do processador de texto, no caso de pretender iniciar esta aventura de escrever desta forma com alguns aspetos ainda esquisitos, pode usar ferramentas gratuitas disponíveis na Internet, como, por exemplo, a aplicação Lince que se encontra disponível em http://www.portaldalinguaportuguesa.org/lince.php. Boa sorte!
Nessa mesma entrevista, o Presidente da Câmara refere-se à empresa Águas de S. João (detida em 49% por privados através de uma parceria público-privada) como sendo responsável pela diminuição das perdas de 35% para 22%, pelo aumento da captação local e pela melhoria do nível da qualidade da água. Isto tudo sem aumentar o preço doméstico durante cinco anos. No entanto, do meu ponto de vista, trata-se de um péssimo negócio para a cidade do lado da perda de receita e o futuro, infelizmente, encarregar-se-á de o demonstrar. Recorde-se que ainda muito recentemente o Jornal de Notícias publicava uma notícia, dando conta que Santa Maria da Feira tem a água mais cara da Área Metropolitana do Porto (23€/metro cúbico mensal), estando S. João da Madeira com o segundo valor mais elevado (19€/metro cúbico mensal), posição partilhada com outros três concelhos (Trofa, Vila Nova de Gaia e Póvoa de Varzim). Do Entre Douro e Vouga, S. João da Madeira é também o segundo concelho com o valor mais elevado, colocando-se atrás de Oliveira de Azeméis (18€/metro cúbico mensal), Vale de Cambra (15€/metro cúbico mensal) e Arouca (9€/metro cúbico mensal), este último com preços menos de metade mais baratos do que os praticados em S. João da Madeira. Os factos falam por si. Sendo a empresa que está neste negócio na Feira e em S. João da Madeira precisamente a mesma, outra coisa não se poderia esperar!
Não sei se terão reparado mas passei a escrever os meus textos ao abrigo do novo acordo ortográfico. Confesso que tenho a tarefa algo facilitada pelo facto de usar no meu computador uma versão do word já com o corretor automático, o que me retira algum grau de insegurança quanto ao resultado final. De facto, algumas palavras causam alguns arrepios enquanto não nos habituamos. Para quem ainda não tem esta versão do processador de texto, no caso de pretender iniciar esta aventura de escrever desta forma com alguns aspetos ainda esquisitos, pode usar ferramentas gratuitas disponíveis na Internet, como, por exemplo, a aplicação Lince que se encontra disponível em http://www.portaldalinguaportuguesa.org/lince.php. Boa sorte!
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