Entre_linhas 156 (1março2012)
Na semana passada, o Regional chamava à primeira página a questão da insegurança latente na Praça, aludindo também ao facto de moradores e comerciantes estarem cansados de reclamar. Um dos aspetos referidos tem que ver com a presença regular de toxicodependentes nas imediações da Caixa Geral de Depósitos que, segundo alguns comerciantes, afeta a vinda de clientes ao próprio local, já por si enquadrado num ambiente de degradação. Há aqui uma associação clara entre a presença de toxicodependentes naquele local e a sua desertificação cada vez mais acentuada que importa aprofundar. Ora, dizer que a Praça está como está por causa da presença dos toxicodependentes parece-me abusivo, constituindo uma forma de distrair a opinião pública para aquilo que, de facto, importa, tanto mais que seria mais lógico dizer precisamente o contrário, ou seja, que os toxicodependentes procuram aquele local pelo seu estado de abandono. Estamos, portanto, perante uma “pescadinha de rabo na boca” que importa perceber e contrariar. Em primeiro lugar, eu não acredito numa estratégia repressiva e persecutória dos cidadãos que caíram no mundo da droga, como muitos defendem. Tanto mais que, no limite, “escorraçar” aquelas pessoas da Praça como alguns defendem só teria um efeito prático: levá-los para outra paragem, quem sabe para a porta de uma escola ou do Centro de Saúde. Estou absolutamente convencido de uma coisa! Dignificar a Praça, dar-lhe vida e animação, melhor as acessibilidades, apoiar os comerciantes e compreender os moradores é o primeiro passo que tarda em concretizar. Quanto aos toxicodependentes, tenha a Câmara a inteligência suficiente para se socorrer das competências que temos no concelho nessa matéria, em entidades como OTrilho da Santa Casa da Misericórdia, reforçando-as com mais meios que lhes permitam acentuar a sua ação no terreno. Se isso acontecer, quem sabe se da Praça esses sanjoanenses não regressam a sua casa!
A Câmara Municipal de S. João da Madeira publicou um livro intitulado “S. João da Madeira, 10 Anos, 100 Obras” para assinalar as obras e iniciativas autárquicas dos últimos 10 anos. Ora, essa década foi precisamente o tempo de vigência de Castro Almeida à frente dos destinos da autarquia sanjoanense o que não deixa de ser curioso. Esta coisa de final de mandatos arrasta este tipo de fenómenos. A propaganda agiganta-se, atingindo em alguns casos os limites do ridículo e do inacreditável. Admito que o PSD tenha esse interesse até para preparar o terreno para as próximas autárquicas. Há que mostrar serviço, mesmo que esse “serviço” tenha sido iniciado, em alguns casos, muito antes dos tais 10 anos. Agora usar o dinheiro dos sanjoanenses com este objetivo, parece-me excessivo e, no mínimo, pouco ético. Refira-se que o livro custou 10 mil euros, um valor que está acima daquilo que, por exemplo, para 2012, a Câmara prevê gastar com a Comissão de proteção de crianças e menores em perigo (mil euros), com a Expressão artística, desportiva e plástica nos bairros sociais (3 mil euros), Cantina solidária (500 euros), com Apoio a vítimas de violência doméstica (6 mil euros), ou com a Semana da juventude (6500 euros). De facto, as prioridades são reveladoras de que estamos já na fase da propaganda dura!
A Câmara Municipal de S. João da Madeira publicou um livro intitulado “S. João da Madeira, 10 Anos, 100 Obras” para assinalar as obras e iniciativas autárquicas dos últimos 10 anos. Ora, essa década foi precisamente o tempo de vigência de Castro Almeida à frente dos destinos da autarquia sanjoanense o que não deixa de ser curioso. Esta coisa de final de mandatos arrasta este tipo de fenómenos. A propaganda agiganta-se, atingindo em alguns casos os limites do ridículo e do inacreditável. Admito que o PSD tenha esse interesse até para preparar o terreno para as próximas autárquicas. Há que mostrar serviço, mesmo que esse “serviço” tenha sido iniciado, em alguns casos, muito antes dos tais 10 anos. Agora usar o dinheiro dos sanjoanenses com este objetivo, parece-me excessivo e, no mínimo, pouco ético. Refira-se que o livro custou 10 mil euros, um valor que está acima daquilo que, por exemplo, para 2012, a Câmara prevê gastar com a Comissão de proteção de crianças e menores em perigo (mil euros), com a Expressão artística, desportiva e plástica nos bairros sociais (3 mil euros), Cantina solidária (500 euros), com Apoio a vítimas de violência doméstica (6 mil euros), ou com a Semana da juventude (6500 euros). De facto, as prioridades são reveladoras de que estamos já na fase da propaganda dura!
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