08 junho 2012

Entre_linhas 168 (7junho2012)

A Oliva Creative Factory foi já apresentada publicamente, num evento realizado no próprio local. Embora ainda em ambiente de obra, já se consegue perceber que se tratará de um local onde se respirará a cultura da criatividade, modernidade, inovação, imaginação e arte. O potencial deste projeto é, de facto, enorme e será muito importante que a população sanjoanense perceba, em concreto, como é que esta infraestrutura poderá, por um lado, projetar a nossa terra ou, por outro, criar oportunidades e desafios à economia local e à capacidade de atração de talentos. Charles Landry, o conferencista convidado para encerrar o evento, conhecedor de cidades que, no mundo, apostaram na criatividade como motor da sua economia, tocou com o dedo na ferida, referindo-se à necessidade de se dar uma dimensão internacional ao projeto e de se encontrar aquilo que torna único este projeto. Na mesma sessão estavam os presentes os Presidentes das Câmaras da Feira, Paredes e Santo Tirso que apresentaram, também eles, o que, em matéria de criatividade, está a ser feito nos seus próprios concelhos. Na verdade, a concorrência será imensa e falhar na implementação deste grandioso e importante projeto, poderá ter efeitos terríveis nas finanças da própria autarquia. Espero, portanto, que a Câmara firme as parcerias certas e desenvolva as ações necessárias ao sucesso desta infraestrutura. No filme que rodou durante a sessão e que recorda os tempos idos da Oliva, um dos ex-trabalhadores referia que ainda sente "alguma revolta" quando passa pelas instalações daquela grandiosa unidade fabril que já empregou mais de 3 mil trabalhadores. Estou esperançado que também os ex-trabalhadores, ao olharem para a Oliva, possam vir a ter outro tipo de sentimento quando voltarmos a ter vida real naquele edifício. Assim haja criatividade para tal!

Desculpem-me esta nota pessoal, mas não podia deixar de me referir às eleições do passado dia 1 de Junho para a presidência da Comissão Política do Partido Socialista de S. João da Madeira, à qual fui candidato. Do total de militantes, compareceram às urnas mais de 71% o que, em contexto de lista única, não deixa de ter um grande significado. Por outro lado, dos votos expressos, 97,1% ocorreram na lista que encabecei, o que me deixa, obviamente, bastante satisfeito e honrado. Estes resultados, que considero bastante motivadores e mobilizadores, só aumentam a minha responsabilidade e espero estar à altura das expetativas de todos aqueles que confiaram em mim a condução do PS nos próximos dois anos. Os desafios que temos pela frente são enormes. Desde logo as eleições autárquicas do próximo ano que, sem hesitações, deverão ser encaradas com grande esperança, otimismo e confiança. Num contexto de viragem de ciclo, o PS deve assumir, sem quaisquer complexos nem hesitações, mas com forte determinação e convicção, a vitória das autárquicas como o grande objetivo do próximo ano. Mas sobre isso, mais para a frente falaremos com mais calma.

Esta semana surgiram mais notícias sobre o nosso hospital. Um estudo da Entidade Reguladora da Saúde vem recomendar que na cirurgia geral com internamento os Hospitais com Serviço de Urgência Básica deixem de ter internamento da especialidade, estando na lista o hospital de S. João da Madeira. Um jornal nacional trazia publicada a reação explícita de uma dezena de autarcas das localidades onde se situam os hospitais nesta situação e, no caso de S. João da Madeira, a referência era apenas a "uma fonte". Estranho, portanto, o silêncio da nossa Câmara Municipal e do deputado sanjoanense eleito pelo PSD que, em campanha eleitoral, elegeu a manutenção do nosso hospital como a grande prioridade. O problema é que este silêncio pode querer dizer muita coisa! Veremos o que nos esperam os próximos dias!

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