21 julho 2012

Entre_linhas 172 (12julho2012)


Esta semana ficamos a saber que a nadadora sanjoanense Ana Rodrigues vai, de facto, aos Jogos Olímpicos de Londres, tornando-se a mais jovem atleta de toda a missão olímpica portuguesa composta por 75 atletas divididos por 13 modalidades. Com 18 anos, esta jovem sanjoanense torna-se, assim, o centro das atenções de todo este nosso concelho. Digo desde já que, para mim, a Ana é já uma vencedora. Estamos a falar de uma jovem, que pratica natação num clube da dimensão da AEJ, nas condições que todos conhecemos. Só uma grande nadadora, com a ajuda e estímulo de um grande treinador como é o meu homónimo e amigo Luís Ferreira, só um grande espírito de sacrifício e uma grande determinação é que se consegue este feito verdadeiramente notável. Chegar aos jogos olímpicos é, por si só, um grande resultado e, no caso desta jovem, constitui um exemplo para toda a juventude sanjoanense e, porque não dizê-lo, portuguesa. Independentemente do que lá se passar, estou certo que a Ana Rodrigues gozará o momento, ganhará experiência e currículo para uma carreira promissora. Desejo-lhe as maiores felicidades e toda a sorte do mundo, sendo certo que estaremos por cá, provavelmente, ainda mais nervosos do que a própria Ana!

Na passada sexta-feira, moderei uma sessão de esclarecimento / debate sobre a Reorganização Territorial Autárquica realizada no Museu da Chapelaria. Inevitavelmente, o debate focou-se na questão de Milheirós de Poiares que, na respetiva Assembleia de Freguesia, aprovou a sua integração no concelho de S. João da Madeira. A sala estava cheia e foi particularmente surpreendente e até emocionante ouvir ao vivo os principais responsáveis autárquicos de Milheirós falarem da possibilidade deste cenário, das vantagens que tal teria para a população que representam. Tudo o que se passou na sessão reforçou a minha convicção de que vale a pena lutar pela concretização deste sonho. Ficar passivamente à espera que a Feira decida não ajuda nada a que o cenário se efetive, como não adiantaria nada se, em 1926, os sanjoanenses ficassem à espera que a emancipação ocorresse de forma automática. As grandes reformas não acontecem sem esforço, sem luta e sem determinação na perseguição dos sonhos. Julgo que este é o momento para todos mostrarmos a nossa dedicação à causa. Não fazê-lo neste preciso momento, pode vir a ser tarde demais.

A Câmara Municipal de S. João da Madeira aprovou já os preços para a ocupação dos diferentes espaços da incubadora e centro de negócios de Indústrias Criativas da Oliva Creative Factory. Segundo a proposta aprovada na Câmara, para cada um dos 30 postos de trabalho propostos em ‘open space’, o preço será de 60 euros por mês, no 1.º ano, 75 euros por mês no 2.º ano e 90 euros por mês no 3.º ano, acrescendo 4 euros por mês por m2 caso o criador pretenda espaço adicional fora do ‘open space’. De qualquer modo, não se percebe qual é a pressa em aprovar estes valores quando ainda não está sequer pronto e muito menos aprovado o regulamento que definirá as regras e prioridades para a ocupação dos espaços. De facto, para dizermos se estes valores são caros ou baratos precisaríamos de saber, antes de tudo, que tipo de criadores serão alojados naquele local. Há aqui qualquer coisa que não bate certo! Esperemos por mais explicações!