07 novembro 2012

Entre_linhas 183 (1novembro2012)

No passado dia 26 de outubro realizou-se a primeira sessão do Fórum Re:pensar a Cidade, um espaço de debate e reflexão sobre os principais desafios que se colocam ao nosso concelho e sobre a melhor forma de os enfrentarmos, com garantias de solidariedade e sustentabilidade. Esta primeira sessão teve como tema Indústria: tradição e modernidade, o caso da indústria do calçado e, portanto, foi com imensa satisfação que vi a sala cheia, composta em grande parte por pessoas ligadas ao sector. Para além das intervenções das coordenadoras do grupo temático que tratará destas matérias relativas à economia local, Ester Silva e Sandra Silva e das proferidas pelos oradores convidados (Basílio Horta, deputado; Paulo Brandão, estilista; André Fernandes, Gestor de marketing da Evereste; e Aurora Teixeira, docente universitária e investigadora do INESC.Porto), foram vários os presentes que, na parte dedicada ao debate, deixaram os seus contributos e reflexões. É inquestionável a importância do sector do calçado no contexto da economia local mas também é incontornável pensarmos naquilo que é e que deverá ser o papel de Câmara Municipal e do Poder Central na criação de condições que favoreçam o contexto em que as empresas operam e, portanto, que tenham impacto positivo também no emprego e na competitividade das empresas. O sector do calçado, hoje, já não é o mesmo de há 20 anos atrás. O mercado é já mais abrangente e a internacionalização é uma realidade. Uma autarquia não se poderá demitir das suas responsabilidades e, sem prejuízo de abordagens mais ou menos liberais, é possível e desejável que os poderes públicos assumam esta necessidade nas suas prioridades de intervenção. Do meu ponto de vista, foi um debate muito interessante e o nível de participação foi bastante elevado. O que se passou naquela noite no Museu da Chapelaria foi muito importante para a cidade. Saibamos nós, agora, aproveitar as mensagens que de lá saíram. O Fórum Re:pensar a Cidade é isto mesmo: uma oportunidade para repensarmos aquilo que releva para o desenvolvimento estratégico do nosso concelho e aquelas que devem ser as prioridades futuras. A participação de todos é muto importante, podendo ser concretizada quer presencialmente nestas sessões a realizar ao longo do próximo ano, quer através da Internet, no site disponibilizado para o efeito em www.repensaracidade.pt. Participe!

 Na sua habitual crónica n’ O Regional, o meu amigo Adé, no ponto 2 da sua análise, faz um comentário que considero revelador de alguma injustiça. Quando refere que “não aparecem os deputados da nação nem os membros das autarquias que são eleitos pelos nossos votos a saber dos nossos problemas” não está a ser totalmente correto. Por exemplo, na recente visita que o PS realizou ao Hospital de S. João da Madeira, os deputados Pedro Nuno Santos e Filipe Neto Brandão, ambos eleitos pelo círculo eleitoral de Aveiro, integraram a comitiva que contou, igualmente, com o deputado Manuel Pizarro, especialista na área da Saúde. Por outro lado, na reunião que o PS teve com moradores de Fundo de Vila que é referida no início do seu texto, estiveram presentes também um vereador do PS e vários membros da Assembleia Municipal eleitos pelo PS. Aliás, essa reunião motivou uma segunda visita a habitações concretas em Fundo de Vila, visita essa que deu origem a uma proposta apresentada pelos vereadores do PS na Câmara Municipal no sentido da retificação de duas situações que nos pareceram muito importantes. Sei que não o fez de forma deliberada mas fica aqui este reparo que me parece importante. Que se deveria fazer mais? Obviamente que sim! Podemos fazer sempre muito mais. Espero voltar a falar do assunto daqui a meio ano e ouvir do Adé uma opinião diferente, pelo menos em relação ao PS local!

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