21 outubro 2012

Entre_linhas 180 (11outubro2012)

No dia que lerem este espaço de opinião, já terá passado um evento que considero da maior importância e relevância nos tempos atuais. Trata-se do lançamento do Fórum Re:pensar a Cidade, um espaço de debate e reflexão sobre o futuro estratégico de S. João da Madeira. A iniciativa é da responsabilidade do Partido Socialista local, estrutura que tenho a honra de presidir, mas conta com a participação de dez personalidades sanjoanenses que coordenarão os trabalhos a desenvolver ao longo do próximo ano, todas elas independentes de qualquer filiação partidária. A ideia é promover a discussão daqueles que são os principais desafios que se colocam a S. João da Madeira nos próximos anos, no sentido de se identificarem propostas concretas que sejam capazes de tornar a nossa terra mais solidária, mais competitiva e mais sustentável. Como é óbvio, essas ideias não estão na cabeça de um qualquer iluminado visionário. Essas ideias devem surgir do debate, da reflexão conjunta, pelo que para tal torna-se essencial a participação livre de todos os cidadãos que se queiram associar. Aliás, o resultado desta reflexão não será apenas património do PS mas antes de toda a comunidade. Não posso negar que me sinto particularmente entusiasmado com este projeto. Decidimos que deveríamos ser arrojados não apenas nas ideias que poderão surgir aquando da conceção do programa que o PS, oportunamente, apresentará à Cidade, mas decidimos ser também inovadores na metodologia usada para chegar a essas ideias. Este Fórum é, por conseguinte, uma plataforma de debate em que os sanjoanenses, que todos os sanjoanenses, poderão ter voz. O que nos une é o amor que temos à nossa terra e, a nossa terra, devemos ser nós a construí-la, em conjunto. Fica aqui o apelo sincero e genuíno à participação. www.repensaracidade.pt

A semana passada o Regional publicou uma reportagem de uma página (ímpar) que pretende fazer um balanço dos mandatos de Castro Almeida, marcados por três maiorias absolutas. Confesso que fiquei surpreendido com o teor da reportagem e com o registo em que a mesma é construída e concretizada. Longe de mim de querer interferir na linha editorial que norteia este importante órgão de comunicação social de grande relevância para a nossa cidade, mas não ficaria bem com a minha consciência se não dissesse que me surpreendeu o timing e o conteúdo da peça jornalística. Fazer um balanço de mandato agora é, no mínimo estranho. Não encontro qualquer justificação, a não ser que já se conheçam, nos bastidores, algumas movimentações para eventuais mexidas na Câmara. Há umas semanas atrás, fomos brindados com um folhetim que, durante três semanas, alimentou os jornais com notícias e especulações em torno da possível ida de Castro Almeida para a Metro do Porto, possibilidade essa que nunca foi desmentida mas que acabou por não se concretizar. Esta reportagem, neste preciso momento, é, de facto, estranha! O que é que eu quero dizer com isto? Nada de especial! Só isso mesmo! Que é estranha, é!

Na última sessão da Assembleia Municipal, o Presidente da Câmara de S. João da Madeira apresentou o seu pensamento em relação à definição da taxa do IMI para o próximo ano. Sem dizer qual, aponta desde já um valor que provoque uma descida na receita da Câmara para 2013 que seja inferior em 5% à que foi cobrada em 2012. Ora, sem quaisquer jogos de palavras, quero dizer o seguinte: seria imoral que a nossa Câmara subisse a taxa do IMI cobrada em 2012. Mais um aumento de impostos neste momento seria impercetível pelos sanjoanenses. Vamos lá ver o que os próximos tempos nos dirão!

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