27 novembro 2012

Entre_linhas 185 (15novembro2012)

Conforme noticiado na semana passada, serei o candidato do Partido Socialista à Câmara Municipal de S. João da Madeira, no seguimento da escolha, que muito me honra, realizada pelo órgão competente do PS. A decisão da minha disponibilidade não foi tomada de ânimo leve, como bem poderão imaginar. Fi-lo depois de falar com muita gente e após uma profunda ponderação. Quem me conhece sabe que não estou nesta batalha para marcar passo. Aceitei levar por diante este desafio com grande sentido de responsabilidade e só o faço porque acredito, genuinamente, numa vitória de um projeto diferente, focado noutras prioridades, protagonizado por novas caras, com ideias refrescadas e renovadas. Digo-vos com toda a frontalidade que este não é um projeto pessoal. Esta é uma batalha que travarei em nome do progresso da nossa terra e não é nem pode ser uma batalha para ser travada sozinho. Estamos a viver uma fase muito difícil da nossa vida coletiva, sendo que o contexto nacional tem, inevitavelmente, impactos e reflexos na nossa comunidade local. Não estamos em tempo de desfocar a nossa atenção. Os tempos atuais exigem que os recursos disponíveis sejam canalizados, criteriosamente, para aquilo que, de facto, releva para o nosso futuro estratégico. E o nosso futuro estratégico não está na minha cabeça nem na cabeça seja lá de quem for. É, portanto, crucial que façamos um exercício coletivo sobre aquilo que somos, aquilo que está à nossa volta, aqueles que são, efetivamente, os nossos principais recursos e, claro está, sobre aquilo que queremos ser. E este é o momento ideal para iniciarmos essa discussão, que deverá decorrer de forma serena, elevada, sem complexos nem tabus, sempre com a consciência de que o que nos move é o desenvolvimento e o progresso de S. João da Madeira. Como disse a semana passada na entrevista que concedi ao Regional, a nossa Cidade, fruto de decisões anteriores, conta com infraestruturas importantes que nos colocam num patamar elevado de desenvolvimento. No entanto, há inúmeros sinais de que o potencial humano da nossa terra não tem sido devidamente aproveitado. As pessoas e as suas reais necessidades e ambições, devem estar no centro da ação política da nossa terra e isso, efetivamente, faz toda a diferença. É esse o meu desígnio.

Tive o privilégio de estar presente na homenagem que o Rotary Club de S. João da Madeira concedeu a Armando Tavares de Almeida, um empresário local porventura mais conhecido pela sua veia de artista. De facto, em inúmeros locais encontramos pinturas deste artista sanjoanense cuja sensibilidade mostra uma outra faceta da nossa terra. Os quadros de Armando Tavares de Almeida estão carregados de história, ganhando a nossa cidade uma outra cor, uma outra dimensão. Quando olhamos uma das suas obras ficamos com a sensação que é fácil registar numa tela todos aqueles momentos e sensações. E é isso que faz de Armando Tavares de Almeida um grande artista. Tratou-se, de facto, de uma justa homenagem levada a efeito por uma entidade que, por isso, está igualmente de parabéns.

O Labor chegou às bancas a semana passada com a sua edição nº 1000. Um marco histórico que importa aqui enaltecer. Estamos, de facto, perante uma instituição muito importante para a nossa comunidade, pelo contributo relevante que tem na construção e registo da nossa história coletiva. Deixo aqui as minhas felicitações ao seu diretor, Pedro Silva, e a todos os profissionais que lá trabalham! Venham mais 1000.

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