17 maio 2011

Entre_linhas 125 (12maio2011)

Gerir uma Câmara Municipal nem sempre se apresenta como uma tarefa simples e muito menos consensual. Por vezes há interesses que não podem ser compatibilizados e isso não traz mal nenhum ao mundo. É natural e direi mesmo que é inevitável. Ora, o processo de ampliação da Zona Industrial das Travessas é, precisamente, um exemplo de um projecto que obriga ao confronto de interesses divergentes e que geram situações de impasse que prejudicam todos os envolvidos e, consequentemente, a própria cidade. Ora, a este propósito, começaria por dizer que a ampliação da Zona Industrial das Travessas mostra-se como um projecto de grande importância para a cidade, uma vez que aproveita melhor todo aquele espaço para a implantação de novas unidades industriais. As cidades, hoje em dia, competem entre si na captação de investimentos para os seus próprios territórios e, na verdade, a disponibilização deste tipo de espaços, devidamente infra-estruturados, é um trunfo que ninguém quer desperdiçar. E por isso é que, em primeiro lugar, importa louvar a intenção de se estender a área disponível para aquela zona industrial. Contudo, como veio a público na comunicação local da semana passada, existe uma grande confusão acerca do estado das negociações entre a Câmara Municipal e os proprietários dos terrenos onde a área a estender se encontra localizada. Uns dizem que a expropriação a existir por falta de acordo, acontecerá em apenas “2 ou 3 casos”, número que não bate certo com o que é avançado com os proprietários que apontam para 10 os casos em que ainda não houve acordo. Independentemente da importância que tem este projecto, não deixa de ser também importante que todo o processo decorra com a máxima transparência e o máximo rigor e respeito pelos cidadãos. Isto sem prejuízo de, no final do processo, caso não haja acordo com algum dos envolvidos, prevaleça o interesse colectivo e o interesse de S. João da Madeira. Há que fazer, de facto, opções!

As obras nas novas instalações da escola João da Silva Correia avançam a todo o vapor, faltando pouco tempo para que alunos, professores e pessoal não docente possam vivenciar um ensino de maior qualidade. A escola tem um aspecto extraordinário e o projecto faz antever que, de facto, todos ficarão a ganhar. Numa altura em que a campanha eleitoral para as próximas legislativas está já no terreno, importa fazer balanço e a contabilização das medidas que, fruto de investimento público decorrente de opções políticas, beneficiaram S. João da Madeira. Lembro-me, não só, da requalificação da Escola João da Silva Correia mas também da Secundária Oliveira Júnior. Recordo-me não só do Plano Tecnológico da Educação na Serafim Leite mas também que este programa se alastrou depois a outras escolas do concelho. Estou a ver a A32 a vir a melhorar as acessibilidades a S. João da Madeira e vislumbro a Loja do Cidadão de Segunda Geração a facilitar a vida aos seus utentes. Não podemos ignorar o programa Novas Oportunidades que deu também um novo horizonte a muitos sanjoanenses, nem tão pouco os programas disponibilizados para reforçar a componente social que, como é óbvio, também beneficiou a nossa terra e os nossos conterrâneos. Para muitos será muito; para outros será insuficiente! No entanto, é nisto que as decisões também se sustentam. Importa, portanto, não esquecer o que foi feito.

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