17 janeiro 2013

Entre_linhas 191 (17janeiro2013)

Dava nota o Labor da semana passada que, segundo a edição de 2012 do estudo do Observatório de Desenvolvimento Económico e Social (ODES) da Universidade da Beira Interior (UBI) sobre o nível da qualidade de vida nos 308 municípios portugueses, S. João da Madeira surge na 26ª posição. Nesta terceira edição do estudo, o nosso concelho cai 23 posições em relação à primeira edição. Para o cálculo deste índice, as 48 variáveis socioeconómicas utilizadas são agrupadas em condições materiais, condições sociais e condições económicas, cada uma das quais englobando vários indicadores. Como qualquer estudo deste tipo, a metodologia usada pelos investigadores condiciona decisivamente o posicionamento final dos concelhos, pelo que os resultados deverão ser analisadas com a prudência necessária. No entanto, uma vez que a metodologia se mantém, em geral, estável ao longo do tempo, uma conclusão relevante para consumo interno é a perda de qualidade de vida que se vai verificando no nosso concelho, relativamente a outros concelhos. Esta é, aliás, uma conclusão que está em linha com aquilo que várias pessoas, incluindo eu próprio, têm vindo a referir ao longo dos últimos anos e que vai no sentido da perda de centralidade da nossa terra. Pelos vistos, segundo o Labor, a autarquia diz “não conhecer os critérios que estão na base da elaboração desta lista”, preferindo relevar apenas outro estudo conhecido (do INTEC), que envolve não os 308 municípios mas apenas 20, para o qual a Câmara pagou 20 mil euros para participar e que, por coincidência, resultou no seu posicionamento em 1º lugar. De qualquer modo, mesmo em 26º lugar, a posição de S. João da Madeira é muito boa. Esperemos que, no entanto, se consiga estancar a tendência de queda verificada nas últimas edições.

Afinal de contas, o que é o Orçamento Participativo? Quais são os passos que devem ser dados por uma autarquia para a sua implementação? Qual é o impacto no nível da participação dos munícipes na vida da sua cidade decorrente da implementação de estratégias que estimulam a democracia participativa? O que acontece na maior autarquia portuguesa com a implementação do Orçamento Participativo? Estas são algumas das questões em debate na próxima sessão do Fórum Re:pensar a Cidade que terá lugar no próximo dia 18 de janeiro, 6ª feira, pelas 21:30h no Museu da Chapelaria. Como convidados teremos Graça Fonseca, Vereadora da Câmara Municipal de S. João da Madeira e o sanjoanense Luís Guerra, Juiz de Paz, porta-voz do Centro de Estudos e Ações Humanistas. Compareçam! Venham discutir o futuro da nossa Cidade.

Na próxima semana assumirei as funções de vereador na Câmara Municipal de S. João da Madeira, na sequência do pedido de suspensão de mandato do Prof. João Araújo. Farei tudo aquilo que estiver ao meu alcance para contribuir para a melhoria da vida dos sanjoanenses porque, afinal de contas, é isso que nos deve mover no desempenho deste tipo de funções. A este propósito, queria ainda aproveitar esta oportunidade para dirigir publicamente ao Prof. Araújo uma palavra de grande reconhecimento pelo importante trabalho realizado nos três anos de mandato anteriores em nome do desenvolvimento de S. João da Madeira, trabalho esse que muito dignificou o Partido Socialista local.

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13 janeiro 2013

2012 de A a Z.

Ana Rodrigues: a nossa nadadora foi aos Jogos Olímpicos. Um grande feito da atleta, do seu treinador e da AEJ. Estão todos de parabéns.
Barrete: a A32 não resolve o problema do acesso dos sanjoanenses ao Porto, tal como nos andaram a prometer. É muito cara e esse aspeto é fatal! Continua a ser necessário, irremediavelmente, rever os semáforos de Sanfins. Sem o empenhamento dos autarcas da região, a solução não aparece.
Candidatura: depois da escolha do PS local, assumi a candidatura à Câmara Municipal de S. João da Madeira, nas eleições que ocorrerão no final de 2013. Espera-me muito trabalho pela frente para merecer a confiança dos sanjoanenses.
Desemprego: um flagelo que não para de crescer. Em S. João da Madeira é também notório e o encerramento da Califa, uma empresa emblemática da nossa cidade, acaba por ser simbólico. Uma notícia que nos entristece a todos!
Exagerada: é a palavra que me ocorre para qualificar a fatura que recebemos todos os meses emitida pelas Águas de S. João. Por muito que nos digam o contrário, é esta a realidade que sentimos todos os meses.
Fórum Re:pensar a Cidade: uma plataforma inovadora, criada para a reflexão da Cidade que somos e que queremos ser. O ano 2013 vai trazer ainda mais novidades.
Governo: já se mostrou incapaz de responder à crise. A única receita que apresenta é a austeridade que já se viu que apenas traz mais dificuldades. 2013 vai ser duro para as famílias e empresas.
Hospital: um processo que ganhou novamente vida com o alegado acordo que a Câmara diz existir mas que a ARS Norte nega. Não fechem mas é a nossa urgência!
Imaginação: será necessária muita para garantir a sustentabilidade de grandes empreendimentos como a Casa da Criatividade e Oliva Creative Factory. Mas não deixam de ser importantes projectos, com grande potencial.
Junta de Freguesia: a nossa resistiu à reforma imposta pelo Governo que acabou com centenas delas por esse país fora. Mas era necessário que tivesse maior espaço de intervenção, pelo que deveria ter mais competências e meios. Fosse essa a vontade da Câmara e da Junta e teríamos o nosso território melhor gerido.
Linha do Vouga: encerrá-la seria uma perda irreparável para a Cidade. Esperemos que o Governo não nos faça mais essa diabrura!
Milheirós de Poiares: manifestou a sua intenção em integrar o nosso concelho, referendou o assunto mas viu a sua pretensão esbarrar na Assembleia Municipal da Feira. Um processo que merecia ter contado com um apoio e empenhamento mais explícito de alguns responsáveis políticos do nosso concelho.
Neutralizar a oposição. Parece ser essa a estratégia do executivo ao sonegar informação dos assuntos abordados na Câmara e ao recusar as propostas apresentadas pela oposição. Mas isso não nos faz esmorecer. Todos nós queremos o bem da nossa Cidade!
Oliva Creative Factory: um projeto que começa a ganhar corpo e que apresenta grande potencial. Mas será necessário muito rigor e muita imaginação para que seja sustentável no tempo.
Praça: uma zona da Cidade completamente desprezada, que perdeu a vida e o encanto de outros tempos. É necessário intervir urgentemente no coração da nossa Cidade.
Quieto e calado: é o que um autarca não deve nunca fazer quando beliscam os interesses da nossa terra. Mas é o que parece ter acontecido em processos importantes como o Hospital, Tribunal, Centro de Emprego e Milheirós. A hesitação neste tipo de assuntos pode ser fatal.
Reparar ou fazer de novo: a opção da Câmara recaiu por construir uma nova piscina, em vez de se levar por diante um intervenção nas atuais instalações que se degradam dia após dia. O problema é que até ao momento só há projeto (que custou 250 mil euros) e ainda não existe solução para o financiamento dos 5 milhões de euros para a construção.
Social: uma palavra que não existe no vocabulário da autarquia. Num momento particularmente difícil como o atual, é inquietante a falta de sensibilidade da Câmara para com os assuntos de índole social. O dossiê das redas sociais é paradigmático.
Turismo Industrial: um projeto importante que promove a nossa indústria, as nossas empresas e, consequentemente, o nosso concelho.
Ul: o nosso rio. O jardim que o acolhe tem potencial mas precisa de ser permanentemente cuidado.
Viarco: uma empresa que dá cartas no panorama nacional e internacional. A administração e os seus colaboradores estão de parabéns, pela imagem positiva que transmitem da nossa terra.
depressão! Esperemos encontrar as condições necessárias para ultrapassarmos este grave momento de dificuldade colectiva que estamos a viver.
Zona Industrial. O projecto de ampliação da Zona Industrial das Travessas parece estar rodeado de grande trapalhada. É pena que não se esteja a conseguir o consenso necessário à sua concretização.

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