29 outubro 2006

Uma experiência enriquecedora, apesar de tudo


Precisei de ir à segurança Social de tratar de uma "situação da vida", tal como se refere no Portal do Cidadão. Há quatro episódios que me levaram a fezer este post:
1. Apesar de na senha a máquina ter estimado que eu seria atendido às 13:07h,isso só ocorreu às 13:23h. Aliás, julgo mesmo que essa informação ou é rigorosa ou não faz sentido constar das senhas. Nos hospitais, isso ainda é mais nítido.
2. Na sala de espera, houve um cidadão, como há muitos, que se julgou mais esperto e mais desenrascado que todos os outros. Pé ante pé, quando uma pessoa acabou de ser atendida, dirigiu-se ao funcionário livre durante aqueles segundos, disse que deixou passar a sua vez e sentou-se para ser atendido. Claro que há sempre quem fale, face a estas atitudes! Lá veio uma senhora, completamente irritada, e, pronto, lá repôs a verdade e a justiça. O "senhor pseudo-esperto" nem pestanejou, nem regateou! Era mesmo para ver se passava! Mas não passou. Felizmente!
3. Chegou à vez de um senhor que estava antes de mim (o que me deu a possibilidade de assistir ao episódio, com a clareza suficiente) a quem lhe foi pedido, pelo funcionário, um documento específico. O senhor, sem saber ler, pegou num molho de papéis e deu a escolher. De facto, este tipo de coisas não fazem sentido. Deveria haver um apoio personalizado que evitasse esta obrigatoriedade dos idosos, alguns já com problemas de mobilidade e de visão (como era este caso), a terem que estar nas filas a resolver os seus problemas com o Estado.
4. Fui à repartição da Feira pois a da minha área de residência (S. João da Madeira) está em obras há já alguns meses. A propósito, quando se refazem projectos de locais de atendimento público, todas as limitações deveriam ser acautelas. A da privacidade é chocante. Ouvimos tudo o que se passa com a vida dos utentes à nossa frente. inadmissível, portanto.
Apesar de tudo, foi uma experiência enriquecedor.´Só passando por estas coisas é que nos vamos apercebendo de limitações, algumas culturais, do nosso país, do nosso povo. Os responsáveis pela sua resolução deveriam fazer o mesmo. Tratar das suas questões pessoais nas próprias repartições.

20 outubro 2006

Marcelo todo generoso



O Professor (Marcelo, claro, porque Professor só há um) também aderiu à lista de blogers registados no site do jornal SOL. Dei uma espreitada hoje e verifiquei duas coisas. A primeira é que o Professor já não escreve desde o passado dia 10. Suspeito mesmo que terá desistido, uma vez que não acredito que lhe falta assunto. A receita (sob o ponto de vista financeiro) não deve ser espectacular e isso, claro está, não lhe deve trazer motivação.

Depois, tive curiosidade em ler o último post e, no primeiro parágrafo encontrei isto "Primeiras aulas no novo ano lectivo: Direito Administrativo e Introdução ao Estudo do Direito. Preveni os alunos para a dificuldade deste ano de transição para Bolonha: insucessos podem custar um atraso fatal na mudança de plano de curso. Reatei prática de tempos atrás: prémios aos melhores alunos. Do meu bolso, claro. Em créditos FNAC para livros. Pode parecer extravagante, mas corresponde à ideia de que o mérito deve ser reconhecido e incentivado. Se a Faculdade não pode fazer tudo, por falta de meios, que o faça, se quiser e puder, o professor. Ora, eu quero e graças a Deus posso."


Que bom seria se os professores do ensino básico e secundário tivessem tal poder de compra!!!

A queda da ponte



Os seis arguidos do caso da queda da ponte de Entre-os-Rios, quatro engenheiros da ex-Junta Autónoma de Estradas e dois de uma empresa projectista, foram hoje absolvidos dos crimes de negligência e violação das regras técnicas de que vinham acusados. (in Público, 20/10/2006).
Morreram 59 pessoas, em 2001, após a queda da ponte em Castelo de Paiva. Tal como se previa, ninguém sabe, ninguém fez, ninguém foi o culpado. A natureza, essa, para algumas coisas, é a nossa principal inimiga.
Este processo, mais um, prova que, de facto, a nossa justiça funciona mal. A prova, essa, é difícil de reunir. Chega-se ao fim, e nada. Ninguém teve culpa! O caso Casa Pia vai ser igual, se isso serve de consolo aos paivenses.

15 outubro 2006

Urgente


Está a dar que falar o relatório encomendado pelo Minstério da Saúde em relação às urgêrcias a manter e a encerrar no serviço nacional de saúde. Em S. João da Madeira, a minha terra, essa importante valência foi proposta para encerramento, infelizmente. Em questões de efectiva e verdadeira urgência, 1 segundo pode ser a diferença entre a salvação e a perda e ir para a Feira é mais longe e o tempo de espera até estarmos "olhos nos olhos" com os médicos vai aumentar. Por isso, enquanto este relatório estiver em discussão pública, todos os argumentos serão poucos. Leiam-no e rebatam-nos!

12 outubro 2006

As idas ao médico


Ir ao médico é, normalmente, um momento desagradável. Mesmo nas consultas de rotina. O meu caso não é excepção. No entanto, há sempre um aspecto nas idas ao médico que me fazem chorar a rir. É a minha oportunidade de folhear as chamadas revistas cor-de-rosa.
Da última vez, se a memória não me trai, tive o momento mais espectacular. Numa dessas revistas, soube que Saviotti ajudou a mulher a tirar uma pedra do sapato e, para a ajudar, "segurou-lhe na mala, uma luxuosoa Birkin, da Hermés". Fiquei mesmo sensibilizado! Acreditem! É que se não fosse essa ajuda a "senhora" do Saviotti poderia vir a ter problemas de pele, ou mesmo de calos. Seria inaceitável, de facto! Ainda bem que fui ao médico! Perder esta notícia teria sido quase como...perder a vida!

03 outubro 2006

A moda pegou...


Parece ter pegado a moda! Sempre que alguém quer dizer coisas publicamente, escreve um livro, alguma editora agarra a ideia, e ganha umas massas. Depois, vamos ver o livro e, bem, nada de especial. O último caso foi o de Souto Moura (de quem já me despedi há uns posts atrás) que ainda hoje anunciou a publicação de um livro. E gostava eu de saber como é que esta malta tem tempo...