Entre_linhas 173 (19julho2012)
execução
da obra foram verificados problemas e erros de provisão, erros esses que, de
facto, foram assumidos, pessoalmente, pelo Presidente da Câmara. Se bem que o
Presidente da Câmara também vai dizendo que cometeu um erro de avaliação uma
vez que achou “que os condutores se conteriam [na circulação da Praça com a sua
abertura ao trânsito], fazendo passar a ideia que o problema da Praça é ter
mais ou menos carros com condutores civilizados. Nada mais errado! Já há muito
tempo que imensas pessoas têm vindo a alertar para a deplorável situação da
Praça, o coração da nossa cidade. A desertificação é notória, as dificuldades
dos comerciantes daquela zona é evidente e o desconforto das pessoas, moradores
e visitantes, é manifesto. Lembro-me bem do que era a Praça há uns anos atrás,
da juventude que por lá circulava, da animação e da vida, formal e informal,
que lá acontecia. É uma dor de alma ver o que por lá se passa agora, sendo
este, provavelmente, um dos maiores fracassos do mandato da atual maioria que
governa a cidade há 12 anos. Agora, depois de vários milhões gastos nos últimos
anos, novas ideias parecem estar a ser configuradas para a Praça. Novas
expectativas se levantam, novas oportunidades se vislumbram. Deixo apenas um
alerta que não estamos já em época de mais experimentações, tanto mais que o
dinheiro não abunda. Espero que, desta vez, se implemente uma solução
verdadeiramente estruturante para aquela zona nobre da Cidade.
Conjugando duas notícias publicadas nos
jornais locais da semana passada, apercebemo-nos que algumas contas estão ainda
por fazer. Numa delas, dava-se conta das palavras do Presidente da Câmara que
iam no sentido de que “pela primeira vez, os créditos da Câmara excedem o valor
da nossa dívida a curto prazo”. Por outro lado, à proposta apresentada pelo BE
e apoiada pelo PS de alteração ao Regulamento do programa de Apoio à Família
nos jardins-de-infância de S. João da Madeira no sentido de que estes
estabelecimentos de ensino passassem a fornecer pequeno-almoço e lanche, o
líder da bancada do PSD argumentava que neste momento de “muita dificuldade”,
tanto para famílias como para o poder local, “não há dinheiro” para as
implementar. Não preciso de dizer mais nada, pois não?!