26 setembro 2008

Viajantes no tempo!

"Imagine um grupo de viajantes no tempo, entre os quais um grupo de médicos cirurgiões e um grupo de professores, que chegassem do século passado, para ver como as coisas se passam nos nossos dias. Imagine o espanto dos cirurgiões quando entrassem numa sala de operações de um hospital moderno!


Os cirurgiões do século XIX não conseguiriam perceber o que aqueles fulanos, vestidos de maneira tão esquisita, estavam a fazer. Embora compreendendo que estava a decorrer uma operação cirúrgica qualquer, muito provavelmente seriam incapazes de identificá-la. Os rituais de anti-sepsia, a aplicação de anestésicos, os bips dos aparelhos electrónicos e até a intensa luminosidade ser-lhe-iam completamente desconhecidos. Certamente sentir-se-iam incapazes de dar uma ajuda.


Quão diferente seria, no entanto, a reacção dos professores viajantes no tempo ao entrarem numa moderna sala de aulas! Talvez se sentissem intrigados pela existência de alguns objectos mais estranhos, pelos estilos de vestuário e de corte de cabelo, mas perceberiam perfeitamente a maior parte do que se estava a passar e poderiam mesmo, num abrir e fechar de olhos, tomar conta da turma. Naturalmente discutiriam entre si se as mudanças observadas foram para melhor ou para pior".


Seymour Papert, A Família em Rede (1996)


Esta história, criada por Seymour Papert em 1996, deixará de ser verdadeira para a realidade portuguesa já nos próximos meses. De facto, o Plano Tecnológico da Educação (PTE), que já se encontra em marcha, vem mudar completamente o panorama tecnológico das nossas escolas, sendo objectivo central colocar Portugal entre os cinco países europeus mais avançados em matéria de modernização tecnológica das escolas até 2010.


Modernizar as escolas não é só apetrechá-las com computadores, se bem que o rácio “alunos por computador” não deixe de ser importante. A este nível, pretende-se que Portugal atinja a meta de 2 alunos por PC com ligação à Internet (muito diferente dos actuais 12,8), ligação esta com uma velocidade superior a 48Mbps e disponível em todas as salas de aula e em todos os espaços escolares. Mas dizia eu que não basta melhorarmos o rácio. De facto, o importante é que as tecnologias passem a ser integradas nas práticas pedagógicas diárias, dentro da sala de aula. E por isso é que o PTE, para além de 110 mil computadores, contempla equipamentos auxiliares como os quadros interactivos, as impressoras e os videoprojectores, sem ignorar as componentes absolutamente decisivas em termos dos conteúdos (via Portal da Escola) e da formação dos professores em Tecnologias da Informação e Comunicação.


Não há registo de uma medida tomada em Portugal que possa ter um impacto tão grande na melhoria efectiva das condições pedagógicas das nossas escolas. É um investimento que ronda os 400 milhões de euros e que fará com que não mais possa ser usado o argumento de falta de meios para justificar a não utilização das tecnologia nas rotinas do processo ensino/aprendizagem nas nossas escolas, dentro das salas de aula. Por outro lado, não nos esqueçamos que hoje, através do programa e-escola, há mais alunos dos Ensinos Básico e Secundário que têm o seu próprio computador. Não nos esqueçamos também que muito recentemente, através do anúncio do programa e-escolinha, ficámos a saber que 500 mil crianças do 1º ao 4º anos de escolaridade, vão ter acesso ao Magalhães, o computador português.


Seymour Papert, um dos teóricos mais conhecidos no que toca ao uso de computadores na educação, matemático, educador e criador da linguagem de programação Logo, terá, pelo menos para o caso português, que alterar a sua história, já que os professores do século XIX não conseguiriam, de forma alguma, tomar conta de uma turma que se senta numa das nossas novas salas de aula. O desafio é que os professores do século XX o façam, já que os alunos, esses, estão prontos e disponíveis para aprender através da tecnologia!

Artigo publicado no Jornal Labor e Acção Socialista.

Entre_linhas 16 (25setembro2008)

Foi tornado público nos últimos dias que está prevista a instalação de uma nova superfície comercial de grandes dimensões em S. João da Madeira, desta feita no lugar de Fundões (Devesa Velha), ocupando uma área de mais de 20 mil metros quadrados. Trata-se de uma estrutura que será implantada numa zona que, até este momento, constitui uma das áreas verdes mais vastas da nossa Cidade. Pessoalmente, discordo desta solução, por vários motivos. Em primeiro lugar, o espaço verde subtraído ao concelho com a construção do projecto seria bem mais importante para a Cidade se continuasse verde (mas com o devido tratamento e rentabilização como espaço de laser, é claro!). Em segundo lugar, é puro engano pensarmos que será gerado mais emprego líquido com aquele projecto, dada a dificuldade patente noutras lojas da cidade que têm dispensado pessoas com esse perfil. Finalmente, será um erro sacrificarmos mais ainda os comerciantes da cidade que, basta ir à praça para percebermos que vivem dias difíceis. Isto de gerir o espaço público não é fácil, de facto! E por isso é que a política interessa!

Esta semana foram distribuídos os primeiros 4000 computadores “Magalhães” (num total previsto de 500 mil), a alunos do 1º ciclo do ensino Básico, no âmbito da iniciativa “e-escolinha”. Este acontecimento que, só por si, vem inaugurar uma nova fase da educação básica em Portugal, tem também extrema importância para a economia portuguesa. Na verdade, directa e indirectamente, o Magalhães criará emprego, ajudará a melhorar a balança tecnológica, gerará riqueza e promoverá Portugal internacionalmente. É um projecto que já está a despertar interesse de outros países, numa área de ponta em que não estávamos, de facto, habituados. (www.portatilmagalhaes.com)

Portugal continua a dar cartas na produção de energias alternativas. Esta semana, ficámos a saber que seremos o primeiro país de mundo a produzir, a sério, electricidade a partir das ondas. Embora haja já alguns protótipos em teste por esse mundo fora, o parque da Aguçadoura, já inaugurado, é pioneiro na produção eléctrica numa escala pré-comercial, a partir de equipamentos produzidos industrialmente.

Entre_linhas 15 (18setembro2008)

Saíram os resultados das candidaturas ao Ensino Superior. Quase 45 mil jovens iniciarão uma nova fase nas suas vidas, uma fase decisiva para o seu futuro, diria eu! Por isso, este ano foi especial para os meus ex-alunos, aqueles que acompanhei desde o 7º ao 9º, na Secundária Serafim Leite. Não nego que foram alunos especiais, com quem aprendi muito e de quem tenho saudades. Estou, portanto, muito orgulhoso por todos eles sabendo, porém, que nem todos conseguiram o acesso à Universidade, ou por opção própria ou por não terem conseguido os necessários resultados. A todos eles desejo as maiores felicidades e os maiores sucessos, sendo certo que esta nova fase exigirá muito trabalho, esforço e espírito de sacrifício. Uma pergunta fica no ar: será que quando terminarem o curso regressarão a S. João da Madeira? Será que a nossa terra tem algo para lhes oferecer em termos de saídas profissionais ou acontecerá o que acontece hoje na maioria dos casos, em que o destino é trabalhar e viver noutras localidades? (www.acessoensinosuperior.pt)

As presidenciais americanas estão ao rubro e muita da luta política também se faz através da Internet. Nos websites oficiais (www.barackobama.com de Barack Obama e www.johnmccain.com de Jonh McCain) encontramos muita informação que nos permite identificar algumas diferenças entre os dois projectos políticos. No entanto, descobri um site interessantíssimo que disponibiliza um pequeno questionário que permite mostrar ao visitante qual dos candidatos mais se aproxima dos seus próprios pensamentos políticos. Eu experimentei e vi, sem grande surpresa, que as minhas posições políticas estão mais próximas de Barack Obama. Experimente em www.electoralcompass.com.

Estive no estádio de Alvalade e assisti ao desastre que foi o jogo com a Dinamarca para as aspirações portuguesas. Não tive, no entanto, saudades de Scolari mas reconheço que Carlos Queirós terá muito trabalho pela frente. Há jogadores que tentam mostrar o seu valor individual e não percebem que isso prejudica a equipa. Bem, mas esse sempre foi a nossa principal fragilidade.

Há mais crianças que ficam na escola!

O abandono escolar é uma dura realidade vivida nas nossas escolas desde há muitos anos. O diagnóstico já há muito tempo que foi realizado e todas as comparações internacionais identificam esse problema como um dos mais sérios que o nosso país enfrenta. Inúmeros peritos, nacionais e internacionais, referem-se às taxas de desistência e retenção como uma chaga a combater e vários foram os governos que tentaram fazê-lo, embora sem grandes sucessos visíveis.
Importa perder um parágrafo deste artigo de opinião para dizer que o problema do abandono escolar não está apenas no facto desses alunos serem levados, muitas vezes, para a “droga e delinquência”, como disse o Senhor Presidente da República. Na verdade, ainda não são raros os casos em que os filhos de muitas famílias saem da escola com o argumento que representam mão-de-obra e, consequentemente, euros no final do mês. Por isso é que quem se interessa por aprofundar dados estatísticos, facilmente percebe qual a origem social predominante daqueles que abandonam precocemente a escola. Eles são, de facto, em geral, os filhos dos mais pobres. E isto é que representa, no meu entender, a verdadeira injustiça! O princípio intocável da igualdade de oportunidades não tem, de facto, imperado nas escolas portuguesas nas últimas décadas.
A política educativa deste Governo tem centrado a sua acção precisamente para contrariar esta tendência. Podia aqui sublinhar várias medidas mas prefiro centrar-me nos resultados. E os resultados obtidos no ano lectivo 2007/2008 são reveladores que o esforço imprimido no combate desse fenómeno tem valido a pena. No Ensino Básico, a taxa de retenção e desistência no ano lectivo 1997/1998 foi de 13,9% e em 2005/2006 andava nos 11,4%. Em 2007/2008 essa taxa baixou para os 8,3%. No Ensino Secundário, a taxa de retenção e desistência no ano lectivo 1997/1998 foi de 36% e em 2005/2006 situava-se nos 31,7%. Em 2007/2008 essa taxa baixou para os 22,4%.
É evidente que ainda há muito para fazer e o Governo já percebeu isso. Para o próximo ano lectivo, a Acção Social Escolar (ASE) vai chegar a 700 mil alunos, o triplo do ano anterior e metade do número total de alunos inscritos desde o pré-escolar ao secundário. O impacto financeiro será de 73 milhões de euros, elevando para perto de 200 milhões as verbas injectadas na ASE. Além disso, o Plano Tecnológico da Educação representará um investimento global nas escolas na ordem dos 400 milhões de euros e, como tal, parece-me óbvio que as nossas escolas terão, no próximo ano lectivo, mais e melhores condições para o desenvolvimento das suas actividades de forma mais motivadora, envolvente e integradora de um leque cada vez mais alargado de alunos, independentemente da sua origem social e do seu ponto de partida. Parece-me evidente que as escolas portuguesas terão então ainda mais condições para fazerem valer os princípios da igualdade de oportunidades e da equidade.
Devo dizer que é também evidente para mim que estes resultados também se devem, em grande parte, ao trabalho intenso e apaixonado dos professores portugueses, sendo por isso inaceitável que o porta-voz do PSD venha dizer que estes resultados são meras “estatísticas artificiais” e fruto das “medidas facilitistas” do Governo. Por sua vez, é intolerável que Mário Nogueira, líder de uma das principais organizações sindicais de professores, insinue também esse argumento, o que é o mesmo que dizer que os professores que representa “facilitaram” no exercício da sua prática profissional.
Mas independentemente de tudo, enquanto cidadão, fico mais feliz por saber que mais crianças conseguem ficar na escola por mais tempo. E isto, não há ninguém que consiga negar!


Artigo publicado no Semanário Económico de 26/09-02/10.

13 setembro 2008

Aposta que ganhas!

Muito se tem especulado à volta dos motivos que levam Manuela Ferreira Leite (MFL) a não falar. Será estratégia? Será falta de tempo? Será incapacidade? Afinal, o que levará MFL a esconder-se atrás do seu silêncio?

Uma das mais espectaculares (não vislumbro termo mais adequado!) explicações que encontro para a tese de que se trata de uma estratégia foi a de Marcelo Rebelo de Sousa. De facto, este comentador do PSD tem uma capacidade fora do comum para defender uma ideia e, ao mesmo, o seu contrário com a mesmíssima convicção e paixão. Desta vez, sobre a liderança da “chefe”, Marcelo argumentou que a estratégia do silêncio é “má” mas que, mesmo assim, trouxe mais vantagens do que desvantagens! Ora, isto, sob o ponto de vista político e partidário, é absolutamente contraditório, vindo de uma pessoa com óbvios interesses na matéria em causa.

Já Pacheco Pereira, também ilustre profissional do comentário político, apesar de achar que não houve silêncio nenhum e que tudo não passa de “uma mera invenção convencional”, vai afirmando que a presidente do PSD “deve falar não por regra mas por excepção”, embora reconheça que o seu partido vai fiscalizar as medidas do Governo “quase em tempo real”.

Luís Filipe Menezes, não nos esqueçamos, avaliando a “capacidade para liderar, conhecimentos, dimensão cultural e intelectual” da sua liderança e a da actual líder foi dizendo que se trata de “uma diferença que vai do Fiat 600 para o Ferrari”. Considerou a estratégia do silêncio errada e afirmou que a “expectativa gerada só poderia ser quebrada por uma declaração que abalasse o eleitorado” e que “como não consta que seja desejável ou justificável declarar a guerra a Marrocos ou a Castela, tudo o que vier do discurso de 7 de Setembro será inevitavelmente pífio.”

Finalmente, Manuela Ferreira Leite falou no passado dia 7 de Setembro e, na verdade, foi como não tivesse dito nada. Para uma pessoa que lidera um partido que ambiciona o poder, esperava-se muito mais, ainda por cima após grande expectativa gerada pelo seu longo silêncio. Falou do passado, falou daquilo que considera estar mal mas não disse como faria se estivesse no poder! Foi demagógica e mostrou mesmo desconhecimento de alguns processos. Os comentadores, os mais tendenciosos, bem tentam justificar esta pobreza de ideias patente no discurso, como sendo a tal nova forma de comunicar, uma questão táctica, uma estratégia inovadora. No entanto, na verdade, MFL mostrou ser uma líder fraca e incapaz de falar de outras coisas para além de finanças públicas, uma área que teve nas suas mãos no passado e cujos péssimos resultados deram tanto trabalho a corrigir.

MFL vai falar pouco. Não por questões tácticas mas porque tem, de facto, muito pouco para dizer ao país. Menezes bem pode apostar no Euromilhões! O discurso de MFL foi mesmo pífio!

Artigo publicado no Jornal Labor e Acção Socialista.

Entre_linhas 14 (11setembro2008)

Manuela Ferreira Leite (MFL) finalmente falou. No entanto, foi como não tivesse dito nada. Para uma pessoa que lidera um partido que ambiciona o poder, esperava-se muito mais. Falou do passado, falou daquilo que considera estar mal mas não disse como faria se estivesse no poder! Os comentadores, mais ou menos tendenciosos, bem tentam justificar esta pobreza de ideias patente no discurso, como sendo uma nova forma de comunicar, uma questão táctica, uma estratégia inovadora. No entanto, todos sabemos que, na verdade, MFL é uma líder fraca e incapaz de falar de outras coisas para além de finanças públicas, uma área em que, como todos sabemos, teve nas suas mãos no passado e cujos péssimos resultados deram tanto trabalho a corrigir. MFL vai falar pouco. Não por questões tácticas mas porque tem, de facto, muito pouco para dizer ao país. (www.psd.pt)

O sub-comissário da esquadra de S. João da Madeira Carlos Duarte continua internado na Unidade de Cuidados Intensivos Polivalentes, no Hospital de S. Sebastião, após ter sofrido uma queda do telhado do Complexo Desportivo Paulo Pinto. Importa reconhecer neste momento o excelente trabalho que este profissional da PSP tem desenvolvido em S. João da Madeira, um trabalho harmoniosamente inserido na comunidade, em parceria com os todos os agentes locais. Em todos os projectos de cariz social, os promotores hoje lembram-se sempre da PSP porque, de facto, esta instituição está sempre disposta a colaborar. A prevenção e não apenas a repressão tem sido, de facto, uma realidade. E por isso é que S. João da Madeira e os sanjonaneses torcem para que Carlos Duarte volte ao activo, volte a colocar à disposição da comunidade a sua determinação, a sua força, a sua inteligência e o seu espírito colaborativo. Desejo as rápidas melhoras ao nosso “sub-comissário”.

A Google já lançou o seu novíssimo browser, um programa alternativo para a navegação na Internet. Chama-se Chrome. Eu já o experimentei e gostei bastante. Vale a pena sentirmos nos dedos que há mais mundo para além da Microsoft. (http://www.google.com/chrome)

08 setembro 2008

Entre_linhas 13 (4setembro2008)

A equipa de futebol sénior da Sanjoanense começou bem a época. Para o campeonato, que marcou o regresso da ADS à 2ª divisão, conseguiu um empate fora de casa. Para a Taça de Portugal já está na 2ª eliminatória. Há quem diga que um bom início, nestas coisas, é bastante importante para o sucesso em toda a época. Espero que este bom início se estenda aos restantes escalões e, já agora, às restantes modalidades em que não só a ADS mas também todos os outros clubes da nossa Cidade apresentam equipas e atletas. Boa sorte a todos, portanto! (http://www.adsanjoanense.com)

Marcelo Rebelo de Sousa tem, de facto, uma capacidade fora do comum para defender uma ideia e, ao mesmo, o seu contrário com a mesmíssima convicção e paixão. Desta vez, sobre a liderança da “chefe” (Manuela Ferreira Leite), Marcelo argumentou que a estratégia do silêncio é “má” mas que, mesmo assim, trouxe mais vantagens do que desvantagens! Ora, isto, sob o ponto de vista político e partidário, é absolutamente contraditório, vindo de uma pessoa com óbvios interesses na matéria em causa. Por isso é que aquela capacidade fora do comum prefiro apelidar, como na minha Terra se diz: “ter muita lata”.

Provavelmente ainda muita gente não se terá apercebido mas em 2009 Portugal vai receber os 2ºs Jogos da Lusofonia, uma espécie de Jogos Olímpicos onde competem apenas atletas oriundos dos países Lusófonos. Trata-se de um evento da maior importância, não só do ponto de vista desportivo mas também cultural. Motivo de interesse acrescido é o facto do Diretor Executivo, João Ribeiro, ser um velho amigo natural de S. João da Madeira. E o facto de “diretor” aparecer sem “c” antes do “t” não é sinónimo de erro ortográfico como alguns terão pensado. É o Acordo Ortográfico assumido, na prática, pela organização do evento. (http://www.lisboa2009.org)