28 outubro 2010

Marques Mendes: fraquinho ou mauzinho?

Acabou Marques Mendes de tecer os seus comentários políticos na TVI. Fiquei impressionado com a falta de rigor. Só não sei se ele é mesmo assim (pouco rigoroso) ou se fez de propósito para que o comentário fique mais florido. Das duas uma: ou é fraquinho ou é mauzinho!!

Pois bem, a propósito do ranking da percepção da Corrupção recentemente publicado, ele disse que Portugal estava em trinta e tal... 35º lugar e na UE27 só 4 países estavam atrás de nós. Isto é falso!

Ora, segundo o 2010 Corruption Perceptions Index publicado no passado dia 26 de Outubro pela organização Transparency International, numa lista de 178 países, Portugal apresenta-se na 32ª posição (e não na 35ª), o que representa, aliás, uma subida de 3 posições em relação à edição publicada no ano passado.

Já no contexto da UE27, Portugal registou a 4ª maior subida, apresentando-se este ano na 16ª posição na lista dos 27 (e não na 23ª como sugere Marques Mendes).

Refira-se ainda que a percepção da corrupção em Portugal foi este ano avaliada com seis valores (numa escala de 0 a 10, sendo este o melhor resultado possível), um valor duas décimas acima do valor registado o ano passado. Isto quer dizer que a percepção da corrupção em Portugal, em relação ao ano passado, diminuiu.

Confira em http://www.transparency.org

Entre_linhas 102 (28outubro2010)

Realizou-se mais um “passeio dos idosos” organizado pela Junta de Freguesia de S. João da Madeira. Desta vez o destino foi Esposente e contou com a presença de mais de 1000 pessoas. Gostaria de reafirmar neste espaço que não sou contra a realização deste tipo de convívios. Pelo contrário! Acho a iniciativa importante por permitir que as pessoas saiam das suas rotinas, contactem com conhecidos e amigos de longa data e partilhem experiências, angústias e momentos de felicidade. No entanto, esta é sempre também uma boa altura para relembrarmos a passividade da autarquia em matéria de política social, nomeadamente dirigidas aos seniores. Desde logo, bastará olharmos para os quadros de pessoal da Câmara para percebermos logo a sensibilidade. Quantos arquitectos e engenheiros existem nos quadros da Câmara? E quantos assistentes sociais e psicólogos estão ao serviço da autarquia? São contas fáceis de fazer mas que revelam bem as opções políticas dos últimos anos. É, natural, portanto que até os próprios sanjoanenses mais seniores vivam com grande intensidade o dia do passeio. Afinal de contas são os únicos momentos em que sentem que lhes dão alguma atenção!

Já é notório e reconhecido o intenso trabalho que Portugal está a desenvolver em matéria de energias renováveis. A aposta no veículo eléctrico e o desenvolvimento de uma rede nacional de abastecimento são componentes importantes e para que perceba isso, imaginemos por momentos a Cidade de S. João da Madeira, por exemplo, sem o fumo das viaturas e o barulho dos respectivos motores. Pois bem, um dos argumentos dos mais cépticos é o facto da autonomia das baterias dos carros eléctricos não ser ainda significativa por só permitirem andar entre 60 e 70 quilómetros sem recarregamento. Pois bem, um protótipo de um Audi A2 movido apenas por um motor eléctrico percorreu esta semana os 600 quilómetros que separam Munique de Berlim, na Alemanha, sem precisar de recarregar as baterias o que, na verdade constitui um grande avanço. Em 2020, o governo alemão quer ver em circulação um milhão de automóveis eléctricos e já em 2013 a BMW e a Volkswagen contam ter os primeiros modelos à venda. Portugal olha também para esta área com visão estratégia, sendo a rede Mobi-e já uma realidade em vários concelhos. Quem ainda olha para estas coisas com desconfiança, deve fazer o seguinte exercício: olhar para trás e tentar recordar o tamanho e autonomia dos telemóveis de há 10 anos, comparando-os com aquilo que são hoje. Pois bem, imaginem o que serão as viaturas daqui a 10 anos e poderão ver o filme todo!

Falava eu na semana passada da prorrogação do prazo, até 30 de Novembro, para a entrega de candidaturas ao Sistema de Incentivos à Qualificação e Internacionalização de PMEs, que visava a Diversificação e Eficiência Energética, nomeadamente através do apoio a investimentos que passem pela instalações de Sistemas Solares Térmicos. Esta semana foi também prorrogado até 30 de Novembro o outro concurso no âmbito do QREN/PO_Norte também na área da eficiência energética, desta feita dirigido a Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) e Associações Desportivas de Utilidade Pública (ADUP) que visa, igualmente, apoiar este tipo de instituições na instalação de soluções energeticamente eficientes, promovendo dessa forma a poupança de energia e a redução de custos de funcionamento. Que não seja por falta de informação que as nossas empresas e colectividades deixam passar esta oportunidade!

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25 outubro 2010

Ao que isto chegou!

Acho que alguma da nossa Comunicação Social está mesmo a atravessar um mau momento, tal é a falta de rigor e de cuidado na elaboração das suas peças (que me escuso, em alguns casos, de apelidar de notícias)! Vejam só! O Correio da Manhã no sábado dizia assim: "Foi com pompa que o Secretário de Estado da Energia, Carlos Zorrinho, anunciou, em Julho de 2009, o apoio às Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) para instalarem painéis solares", concluindo a curta peça com uma tirada alarmante (e ridícula) de que estariam em risco os apoios às IPSSs. Pois bem, independentemente de tudo, era importante que quem fez esta borrada desta notícia soubesse, ao menos, que não foi com pompa nem sem pompa que o Secretário de Estado da Energia Carlos Zorrinho anunciou este programa, porque, simplesmente e tão só, ele ainda não era Secretário de Estado da Energia naquela altura. Infelizmente, isto ultrapassa já todos os limites do razoável! A nossa Democracia merecia uma Comunicação Social mais isenta, mais transparente e mais rigorosa. Numa palavra: com maior qualidade! Ah, o jornalista que escreveu isto deveria ser despedido!

22 outubro 2010

Entre_linhas 101 (21outubro2010)

Os cidadãos, as colectividades e as empresas são inundados, diariamente, por um vasto leque de informações, surgidas pelos mais diversos canais, através das mais variadas fontes. Gerir toda esta informação, separar aquilo que é relevante daquilo que não é mais do que ruído, não é, de facto, tarefa fácil nos dias que correm. Perante esta dificuldade, um papel importante que se espera da autarquia é o de apoiar a sua comunidade na identificações de informações que, sem margem para dúvida, caso passem despercebidas poderão constituir uma perda de oportunidade. Por exemplo, esteve aberto até ao passado dia 15 de Outubro um programa inserido no Sistema de Incentivos à Qualificação e Internacionalização de PMEs, que visava a Diversificação e Eficiência Energética, nomeadamente através do apoio a investimentos que passem pela instalações de Sistemas Solares Térmicos. Pois bem, o prazo passou e não vislumbrei qualquer iniciativa desenvolvida pela Câmara no sentido da divulgação desta oportunidade dirigida às PMEs como fazem, aliás, outros municípios. Contudo, uma boa notícia é que o prazo foi prorrogado até 30 de Novembro, permitindo àqueles que ainda pretendam apresentar candidaturas o possam fazer. Já agora, no mesmo âmbito, encontra-se aberto no QREN/PO_Norte um outro concurso também na área da eficiência energética, desta feita dirigido a Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) e Associações Desportivas de Utilidade Pública (ADUP) que visa, igualmente, apoiar este tipo de instituições na instalação de soluções energeticamente eficientes, promovendo dessa forma a poupança de energia. Trata-se, portanto, de uma oportunidade para empresas e colectividades assegurarem apoios no investimento em soluções que permitam, por um lado, reduzir os custos de funcionamento e, por outro, promover a sustentabilidade ambiental. Seria excelente que a Câmara pudesse estar atenta a este tipo de concursos para que não seja por falta de informação que a nossa comunidade acabe por perder este tipo de oportunidades. www.adene.pt

As pessoas da minha idade lembrar-se-ão, certamente, das sapatilhas Sanjo. Toda a gente as tinha, principalmente aquele modelo em lona preto e branco, tipo bota. E o fenómeno não era apenas sanjoanense. Estas sapatilhas, de facto, eram usadas por todo o país. E aquilo que nos orgulhava era o facto de serem fabricadas em S. João da Madeira, para além, obviamente, da qualidade daquele produto. Passados todos estes anos, alguns pares estão em exposição no Museu da Chapelaria e vale a pena dar uma espreitadela, quanto mais não seja porque nos permite avivar a memória de tempos em que não dávamos descanso aos nossos pés! Já agora, se ainda tiver algum par perdido aí por casa, faça chegar à organização. Caso já não tenha lugar na exposição, aposto que ainda haverá interessados em recordar como esse calçado era confortável!

Quem vai ao Furadouro por estes dias, depara-se com um cenário desolador e de destruição. O mar avança de ano para ano, eliminando a praia que, na minha infância e juventude, era uma das maiores das redondezas. Foram realizadas obras recentemente que se vieram a mostrar insuficientes e, na verdade, aquela situação é grave e preocupante. Recorde-se que aquela praia é procurada por muitos sanjoanenses e o Parque de Campismo local é explorado pelo Clube de Campismo de S. João da Madeira. É natural, portanto, que fiquemos tão transtornados como se tudo aquilo estivesse a acontecer à nossa porta.

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14 outubro 2010

Entre_linhas 100 (14outubro2010)

Estive presente nas cerimónias comemorativas do 84.º aniversário da Emancipação Concelhia de S. João da Madeira. Um dos momentos principais do programa foi o lançamento da primeira pedra da obra do Núcleo de Investigação e Desenvolvimento (I&D) Empresarial, uma nova fase do CET (Centro Empresarial e Tecnológico). Esse momento ficou a cargo do Secretário de Estado da Energia e Inovação, Carlos Zorrinho, com quem, aliás, tenho a honra e o prazer de trabalhar. Trata-se de um projecto que representa um investimento de seis milhões de euros, materializado num edifício que terá sete pisos e mais de 9.000 metros quadrados de área de construção. A ideia será criar condições para o acolhimento de mais empresas de base tecnológica, uma vez que o primeiro edifício está já cheio com actividade de mais de 30 empresas. Recorde-se que este projecto é dinamizado pela Sanjotec, uma associação científica e tecnológica liderada pela Câmara Municipal S. João da Madeira, tendo ainda como parceiros fundadores a Universidade de Aveiro; o Centro Tecnológico do Calçado; a Faurécia (a maior empresa do concelho); o PortusPark; o Clube de Empresários de S. João da Madeira e a CEDINTEC. É inegável que estamos perante um projecto de grande importância para o concelho, uma vez que a incubação de empresas com o perfil daquelas que são albergadas naquele espaço, para além de gerar emprego qualificado, capta para o território empresas jovens, lideradas em grande parte por jovens empreendedores, cheios de vontade, de garra e motivação. No entanto, temos que pensar na 2ª fase destas empresas, isto é, temos que pensar na fase em que estas empresas atingirão a maturidade suficiente para saírem da fase da incubação. Não seria de todo conveniente que, por falta de espaço, tivessem depois de sair do concelho por falta de espaço necessário para o upgrad. Para evitarmos tal situação, devemos criar desde já pensar no assunto porque, mesmo este novo edifício agora iniciado não chega! Quem acredita naquele tipo de actividades, sabe bem que aquelas empresas, as que vingarem, vão precisar de mais espaço! Ai se vão!

Outro momento recente, desta feita ocorrido nas comemorações do 5 de Outubro, foi a inauguração da renovada escola dos Ribeiros, uma das 100 escolas inauguradas por todo o país nesse mesmo dia. A S. João da Madeira deslocou-se outro Secretário de Estado, desta feita o SE Adjunto e da Educação que sublinhou a importância deste momento vivido um pouco por todo o país. De facto, assiste-se hoje a uma transformação profunda do parque escolar português que, há muito, precisava de melhorias significativas, em nome da qualidade do ensino/aprendizagem que, é como quem diz, em nome do nosso futuro. Houve muita gente que, nos últimos meses, criticou a aposta no investimento público, mas era também isto que esses profetas da desgraça estavam a criticar. Em S. João da Madeira, ainda está em obra as novas instalações da João Silva Correia e a remodelação da Oliveira Júnior, investimentos de alguns bons milhões euros. E isso é bom para as nossas crianças, para os nossos professores, para as nossas famílias e para as nossas empresas. Em suma, este investimento público é bom para todos. Ou haverá alguém que ainda não concorde?

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07 outubro 2010

Mesmo que não sejam Ferraris!

O vermelho do semáforo ordenou a paragem do trânsito em três faixas de rodagem no mesmo sentido. Na faixa do meio estava um Ferrari, novo em folha e com um roncar robusto, ladeado por duas viaturas obviamente mais modestas. O condutor da direita lança um olhar de inveja para o condutor do bólide ao seu lado e pensa: “Ainda te hei-de ver num carro como o meu, ó meu sacana”! Ao mesmo tempo, o condutor da esquerda, ao olhar para o vermelho vivo ao seu lado, começa a sonhar: “Ainda hei-de ter um destes”!

Esta história acaba por representar duas posturas na vida totalmente diferentes, duas visões do mundo diametralmente opostas e dois níveis de ambição completamente divergentes. Todos sabemos que Portugal está confrontado com grandes dificuldades e se depara com desafios gigantescos. As exigências são enormes e os sacrifícios pedidos às famílias e às empresas constituem um esforço patriótico significativo que nos devia obrigar, a todos, a revelar espírito de responsabilidade, de solidariedade e união.

Mas não! Não é nada disso que está a acontecer. A oposição parece estar apostada em criar dificuldades ao Governo e à estabilidade política. A oposição, de forma mais vincada aquela que ambiciona obsessivamente o poder, deseja que as coisas corram mal, que as contas se compliquem e, para tal, cultiva a falta de esperança, adopta o discurso da tanga, fomenta a intriga, estimula o aparecimento de casos políticos paralelos através de insinuações e meias verdades. E isto ao mesmo tempo que ignora que esta postura prejudica, acima de tudo, o próprio país. A tudo isto chamamos irresponsabilidade.

Quem visitou a mostra Portugal Tecnológico percebeu que o país real, felizmente, é composto por pessoas e organizações que optam por uma postura bem diferente daquela oposição derrotista. No Portugal Tecnológico, eu vi, de facto, um país mais moderno, mais dinâmico, mais empreendedor e mais confiante do que aquele que a tal oposição pessimista nos está a tentar vender. Eu assisti a uma nova forma de ver a energia e a mobilidade, toquei na inovação e vi empresas portuguesas inconformadas, ambiciosas e lutadoras, a apresentarem com orgulho os seus produtos que, nalguns casos, já dão cartas lá fora. Vi capacidade exportadora e senti mobilização. Tomei contacto com serviços públicos mais modernos, mais centrados nas necessidades dos cidadãos e das empresas e contactei com Universidades cada vez mais próximas da realidade das empresas. Naquela mostra vivi o ambiente das novas escolas portuguesas e constatei o dinamismo presente nas diferentes regiões portuguesas. Senti o bom gosto, a tecnologia, a cultura, a arte e a modernidade.

Provavelmente nenhuns daqueles que cultivam a desgraça e o desânimo foram ao Portugal Tecnológico, com receio de contágio e aversão à esperança e ao optimismo. Se foram, certamente contemplaram o que lhes entrava pelos olhos dentro com reservas e desconfiança, e não acreditaram que se tratava da vida real de muitos portugueses e das nossas empresas que, apesar das dificuldades, não baixam os braços. Esta oposição está, portanto, condenada a conduzir um carro modesto movido a gasóleo e a ser ultrapassada pelas viaturas já eléctricas e com tecnologia portuguesa incorporada. Mesmo que não sejam Ferraris!

Artigo publicado no Acção Socialista de 30 de Setembro de 2010.

Entre_linhas 99 (7outubro2010)

Ao folhear ‘O Regional’ da semana passada dei-me conta da realização de uma sessão promovida pelo Fórum Participativo da Agenda 21 Local, cujo objectivo era a discussão em torno do Plano Director Municipal de S. João da Madeira, que se encontra em processo de revisão. A sessão realizou-se na passada 6.ª feira, dia 30 de Setembro. Eu tive oportunidade de assistir e ainda bem! Manuel Miranda, um dos autores do PDM sanjoanense de 1993 e o arquitecto Sidónio Pardal foram os dois oradores convidados e, de facto, conseguiram despertar o interesse da plateia com os seus testemunhos, as suas experiências e visões acerca do desenvolvimento urbanístico da nossa cidade. Houve também lugar à apresentação, por parte de técnicos da Câmara Municipal, de Planos de Pormenor importantes que, embora ainda se encontrem em fase de discussão, prometem agitar a nossa vida colectiva. Sabia, por exemplo, que está prevista uma torre de 20 andares destinados a serviços para a zona central da cidade? Sabia que uma das hipóteses para uma das zonas naturais da cidade é um campo de golfe? Pois bem, pensar a cidade para o futuro exige, de facto, que se conheçam os projectos e que haja espaço para os contrapor, para apresentar novas ideias, para os discutir. A cidade e o seu futuro é de todos e todos, querendo, deveriam ter a oportunidade de participar em sessões dedicadas a este tipo de temáticas. Esta sessão, apesar de interessante, não contou com a presença de qualquer elemento do executivo camarário e até aposto que a maioria da população sanjoanense não teve conhecimento da sua realização. E mais: tenho sérias dúvidas daquele que será o destino das ideias e das reflexões que surgiram no final da sessão!

Segundo notícia do Labor da semana passada, os dez edifícios públicos analisados no âmbito da elaboração do Plano de Promoção da Acessibilidade de S. João da Madeira foram considerados “não acessíveis” na maioria dos parâmetros analisados. Isto quer dizer que os cidadãos com mobilidade condicionada têm dificuldades no acesso a edifícios públicos, o que é de lamentar. Ainda por cima quando estamos a falar de edifícios recentes e de grande importância para os cidadãos como são, por exemplo, o Centro de Saúde. O relatório final incluirá um conjunto de propostas de rectificação dos problemas identificados, cuja implementação dependerá da Câmara Municipal. Esperemos que quando o documento for aprovado tenha a necessária atenção dos responsáveis autárquicos para resolução efectiva dos problemas.

Não resisto em deixar um comentário à última crónica do meu amigo Paulo Guimarães sobre a extinção da empresa municipal Mobilidade S. João. E fê-lo com grande determinação, usando até a totalidade do espaço que lhe é destinado no jornal. De facto, começou por tentar justificar como é que surge a ideia de constituir uma empresa com este objecto, continua com a explicação de como as coisas se alteraram com o decorrer do tempo e conclui dizendo que o encerramento da empresa decidido pela Câmara foi uma óptima medida, tão boa como havia sido a sua constituição. Eu compreendo que haja esta necessidade de justificar o injustificável. No entanto, a verdade é que estamos perante um erro cometido aquando da constituição desta empresa. Pensava eu que a Câmara, com o encerramento da empresa, mostrava humildade em reconhecer esse erro. No entanto, ao ler o Paulo Guimarães, fico com dúvidas se, de facto, haverá nesta atitude o reconhecimento de um erro! Mas pronto! O que interessa é que aquela empresa já era! Para bem de S. João da Madeira.

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